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Polí­tica

Foto: Divulgação

Os problemas crônicos da saúde de Dianópolis, na região sudeste, podem estar perto do fim. O secretário de Estado da Saúde, Marcos Esner Musafir, anunciou algumas medidas a serem tomadas pelo Governo do Estado, no menor prazo possível, para reestruturar o Hospital Regional de Dianópolis (HRD), que devido às péssimas condições físicas, ausência de material hospitalar e falta de médicos oferece um serviço de baixa qualidade aos moradores de Dianópolis e mais sete municípios da redondeza e comunidades próximas.

A reunião ocorrida na Secretaria da Saúde, na tarde da última sexta-feira, dia 1º, teve a participação do deputado José Salomão (PT), que desde que assumiu o cargo na Assembleia Legislativa, no final de dezembro, vem empenhando esforços junto ao governador Marcelo Miranda para que seja encontrada uma solução urgente, a fim de resolver os problemas do Hospital Regional de Dianópolis. Ao de apresentar requerimentos e usar a tribuna para falar da situação de sucateamento do HRA, a resolução dos problemas do HRD tornou-se uma bandeira de luta do deputado. Também estavam presentes o deputado Ricardo Ayres, o prefeito de Dianópolis, Reges Melo, o sub-secretário da Saúde, Marcos Sena e o representante da ATM, Amilton Pereira.

José Salomão chegou a questionar a demora do Secretário da Saúde em conceder audiência a parlamentares, bem como a demora na reforma do HRD, citando os pontos críticos do hospital, como a falta de médicos e questões administrativas. “É imperativo cuidar da saúde da população e o Governo do Tocantins mostra-se negligente por não dar a devida prioridade à questão”, disparou José Salomão. O parlamentar dianopolino, assim como os demais presentes na audiência com Musafir, reconheceu que nesse momento a contratação de uma empresa terceirizada é a solução mais viável para a situação crítica do hospital.

Musafir relatou que o Tocantins tem dívidas na saúde que ultrapassam os R$ 370 milhões, o que impede uma melhor atuação da pasta, fora outros problemas que a Sesau enfrenta. Ele citou por exemplo, que a dificuldade em contratar médicos para o HRD são os valores pretendidos por estes profissionais, que ele considera fora da realidade de contratos de prestadores de serviço. A proposta do Secretário, é que os serviços sejam terceirizados, com a contratação de uma empresa que cuide tanto da implantação do atendimento médico, com as especialidades necessárias, como da modernização técnica e administrativa, enquanto o Governo do Tocantins busque meios de assumir diretamente suas responsabilidades institucionais.

Musafir também fez algumas observações além de anunciar a terceirização do hospital, abrindo a possibilidade de gratificar os médicos do PSF para atenderem na unidade hospitalar por pelo menos 30 dias, já que o chamamento do governo para contratação de novos médicos não deu resultado, devido à recusa dos salários oferecidos; outra medida é a disponibilização de uma nova ambulância; há dificuldade em credenciar um laboratório de análises clínicas. Segundo o Secretário, há um ano a Sesau tenta a contratação e não consegue devido aos valores cobrados. Diante disso, o laboratório municipal tem suprido a demanda em regime de colaboração.

Ao final da reunião, ficou decidido que o grupo realizará uma audiência pública em Dianópolis no dia 11 de abril, às 10h, na Câmara Municipal, para apresentar as medidas a serem adotadas. A audiência pública deverá reunir representantes dos segmentos organizados da sociedade e a população interessada em participar. “Será uma oportunidade de discutirmos com a população, que é a principal interessada, os rumos da saúde do Hospital Regional de Dianópolis”, avaliou José Salomão.