O cultivo do limão Taiti tem se mostrado uma excelente alternativa para a agricultura familiar, diversificando a produção, onde 80% dos produtores têm propriedades inferiores a dez hectares, criando postos de trabalho e melhorando a renda das famílias. No Tocantins a produção ainda é tímida, atualmente existem plantios da fruta no Projeto Hidroagrícola São João, há cerca de 30 km de Palmas.
Segundo dados de 2015, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Tocantins possui uma área plantada com limão Taiti de nove hectares e a produção de 169 toneladas. Todo limão produzido no projeto é vendido no mercado da Capital e ainda há uma demanda de mais de 11 mil kg, ao mês. De acordo com dados da Central de Abastecimento de Hortifrutigranjeiros (Ceasa) essa demanda vem sendo suprida com a importação do produto dos estados da Bahia, Goiás e São Paulo.
Segundo o diretor de Políticas para Agricultura da Secretaria do Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária (Seagro), José Américo Vasconcelos o limão Taiti pode e deve ser cultivado no Tocantins, uma vez que existe demanda e que o Estado apresenta ótimas condições de solo e clima para o cultivo da fruta. Além de diversificar a produção da agricultura familiar, cria postos de trabalho e melhora a renda das famílias. “Para garantir as vendas o produtor precisa ter regularidade de oferta e para isso tem que planejar a produção. Quando planejada e bem conduzida, a atividade é lucrativa”, afirma o diretor.
Planejamento
O técnico agrícola do Instituto de Desenvolvimento Rural (Ruraltins), Santi Hunter, que orienta a produção no São João explica como o agricultor pode fazer o planejamento da produção. “O plantio deve ser baseado na quantidade que se quer colher. Se quer colher 100 caixas da fruta por semana, tem que ter no mínimo 100 pés em produção”, orienta. “O produtor também pode fazer a escala de produção planejando a poda dos limoeiros para forçar a floração de acordo com o tempo que quer colher mais”, explica.
O fruticultor, Corombert Leão de Oliveira, iniciou um plantio com três mil pés de limão Tahiti, em 12 hectares no Projeto São João. “Essa é a primeira colheita, então será uma experiência. Por isso vou analisar a quantidade produzida, a época de maior produção e os valores da fruta durante os meses de colheita. Com essas informações vou planejar a indução floral de modo a ter mais frutas durante a entressafra, período de baixa oferta e preços melhores”, explica.
Para saber sobre os melhores meses de comercialização de produtos hortifrutigranjeiros, os interessados podem acessar o calendário de comercialização Proshort (Programa Brasileiro de Modernização do Mercado), no endereço eletrônico www.ceasa.to.gov.br no link: Calendário de comercialização.