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Polí­tica

Foto: Divulgação Ataídes disse em vídeo que a corrupção no Brasil é um grande tumor Ataídes disse em vídeo que a corrupção no Brasil é um grande tumor

O senador Ataídes Oliveira (PSDB/TO) afirmou através da sua página na rede social Twitter, nesse domingo, 16, que o tumor da corrupção foi aberto no País com a divulgação nos últimos dias dos áudios dos depoimentos dos executivos da empresa Odebrecht indicando políticos e executivos que teriam recebido pagamentos de propina e caixa 2 da empresa, inclusive no Tocantins. 

Segundo o senador o País precisa ser desinfetado. "Agora temos que desinfetar o Brasil é colocar os ladroes na cadeia". A declaração do senador vem após a divulgação de dezenas de nomes de políticos que estariam envolvidos nos recebimentos oriundos da corrupção.

Ataídes afirmou que espera que a maior investigação sobre corrupção já conduzida até hoje no Brasil, chegue também nos bancos e no Poder Judiciário. "Espero que a Lava a Jato, chegue no Judiciário, precisamos ver quantos Navarros  - ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Marcelo Navarro Ribeiro Dantas - temos por lá. Todos esses bilhões da corrupção, passaram obrigatoriamente pelos bancos, espero que a Lava a Jato chegue neles", disse. 

Na última semana, dia 12, o senador divulgou um vídeo aos "irmãos tocantinenses" em que diz que a classe política do Brasil e do Tocantins chegou ao fundo do poço. "Que a justiça seja feita. Que absolva os inocentes e que coloque na cadeia os culpados. Tenho dito que essa corrupção no Brasil é um grande tumor que está judiando do nosso povo", afirmou. Segundo o senador, é hora de jogar "soda caustica, detergente, álcool e desinfetar esse tumor e a gente então recomeçar o nosso País, recomeçar o nosso querido Estado do Tocantins", disse Ataídes. 

Correligionários

Além de políticos do PMDB, PT, PP, PSB, SD, PCdoB, muitos dos envolvidos nas denúncias apuradas pela Operação Lava Jato são do mesmo partido do senador Ataídes como os tucanos ex-candidatos à Presidência da República senador Aécio Neves (PSDB-MG), alvo de cinco novos inquéritos na Lava Jato; senador José Serra e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Também são citados os governadores tucanos do Paraná, Beto Richa; de Goiás, Marconi Perillo, de Alagoas, Teotônio Vilela Filho, entre outros. 

Tocantins / Kátia Abreu e Marcelo Miranda 

No Tocantins, a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) foi citada, juntamente com outros 23 senadores, por quatro delatores da empresa Odebrecht como favorecidos com repasses da empresa para campanha eleitoral. Segundo informação do jornal Estado de São Paulo que teve acesso ao conteúdo da delação, a empreiteira fez repasses de R$ 500 mil por meio de caixa 2 para a campanha de Kátia Abreu ao Senado. 

A peemedebista era registrada no “Departamento de Propinas” da empresa, segundo os delatores, com o apelido “Machado”, e as negociações teriam sido intermediadas pelo seu marido, Moisés Pinto Gomes, que foi assessor de Kátia no Ministério da Agricultura do governo Dilma Rousseff.

As delações que colocam a senadora também no centro das investigações foram feitas durante os depoimentos de Cláudio Melo Filho, José de Carvalho Filho, Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis e Mário Amaro da Silveira, executivos da Odebrecht. As delações dos executivos serviram de base para o pedido de inquérito da Procuradoria-Geral da República contra a senadora e seu marido, que foi autorizado pelo ministro relator da Operação Lava Jato, Edson Fachin.

Miranda 

O ministro Edson Fachin, pediu abertura de inquérito contra o governador do Tocantins, Marcelo Miranda (PMDB), e de outros oito governadores, que estão na lista de políticos citados por executivos da empresa Odebrecht.  Entre os citados pelos delatores da Odebrecht, além Marcelo Miranda, estão os governadores Paulo Hartung (Espírito Santo), Geraldo Alckmin (São Paulo), Fernando Pimentel (Minas Gerais), Flávio Dino (Maranhão), Luiz Fernando Pezão (Rio de Janeiro), Raimundo Colombo (Santa Catarina), Beto Richa (Paraná) e Marconi Perillo (Goiás).

Nesta quarta-feira, 12, dia em que Ataídes Oliveira divulgou o vídeo, o Estado de São Paulo publicou que o ex-presidente da Câmara do Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) pediu dinheiro para o governador Marcelo Miranda, em 2010

Outros alvos do Tocantins

Ainda do Tocantins, o ministro relator pediu abertura de inquéritos contra o deputado federal Irajá Abreu (PSD), os ex-governadores Siqueira Campos (sem partido) e Sandoval Cardoso (PSD); o deputado estadual Eduardo Siqueira Campos (DEM), os prefeitos Ronaldo Dimas (PR) de Araguaína; Laurez Moreira (PSB), de Gurupi; o ex-deputado federal Júnior Coimbra, o ex-deputado estadual Marcelo Lelis (PV), o ex-prefeito de Taguatinga, Eronildes Teixeira de Queiroz, e Zélia Ribeiro.