A deputada federal Josi Nunes usou a tribuna da Câmara dos Deputados para comentar a os relatos de agressões a professores ocorridos no Brasil. Ao citar o caso ocorrido em Araguaína, região norte do Tocantins, a parlamentar se solidarizou com o educador Mariano Soares que recentemente, foi agredido por um ex-aluno da Escola Estadual Guilherme Dourado. “Acredito que após quase uma vida se dedicando a Educação, sofrer este tipo de agressão e passar por esta situação constrangedora, deve ser uma das maiores decepções na carreira de um professor, por isso estou aqui, para deixar o nosso apoio e o nosso abraço a este profissional por este lamentável acontecimento”, lamentou.
Na ocasião, a deputada propôs, ao parlamento, uma reflexão sobre os dados alarmantes no que tange a violência contra professores. “Uma pesquisa global realizada em 2014, com mais de 100 mil professores e diretores de escola do segundo ciclo do ensino fundamental e do ensino médio colocou o Brasil no topo de um ranking de violência em escolas. Conforme o levantamento, 12,5% dos professores ouvidos no Brasil disseram ter sido vítimas de agressões verbais ou de qualquer outro tipo de intimidação de alunos pelo menos uma vez por semana. Infelizmente, este é o índice mais alto entre os 34 países pesquisados, uma vez que a média entre eles é de 3,4%”, destacou.
Casos recentes
De acordo com reportagens veiculadas pela mídia, no último dia, 25, uma professora foi agredida pela mãe e pela avó de um aluno na cidade de Caçapava do Sul, na Região Central do Rio Grande do Sul.
Outro caso que chocou o país, foi a agressão sofrida pela professora de língua portuguesa Marcia de Lourdes Friggi, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina, no dia 21 de agosto. A professora levou socos de um aluno de 15 anos após encaminha-lo para a diretoria.
Recentemente, o programa Fantástico da Rede Globo, revelou que a violência está cada vez maior nas salas de aula.
Conforme a reportagem, uma pesquisa divulgada este ano, que ouviu 262 mil professores aponta que destes, mais de 22 mil já teria sido ameaçados por estudantes. E quase 5 mil dos entrevistados afirmaram ter sofrido atentados à vida nas escolas em que dão aula.