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Mandioca é atualmente a cultura da agricultura familiar com mais área cultivada

Mandioca é atualmente a cultura da agricultura familiar com mais área cultivada Foto: Divulgação

Foto: Divulgação Mandioca é atualmente a cultura da agricultura familiar com mais área cultivada Mandioca é atualmente a cultura da agricultura familiar com mais área cultivada

Apesar de a produção de commodities (grãos como soja, milho, feijão e sorgo) representar 65% do segmento agrícola de Palmas, é a agricultura familiar que tem um papel fundamental para o abastecimento e movimentação da economia local. Ela é hoje considerada a agricultura de abastecimento interno, justamente por ser responsável pelo abastecimento de 60% da mesa do palmense. Por isso, nesta quarta-feira, 17, Dia da Agricultura, os produtores rurais merecem ser lembrados pelo papel fundamental na sociedade.

A mandioca é atualmente a cultura da agricultura familiar com mais área cultivada. A ela estão dedicados cerca de 600 hectares, segundo o secretário municipal de Desenvolvimento Rural (Seder), Roberto Sahium. No entanto, outra produção, de grande importância na geração de renda e abastecimento do mercado interno é a produção de hortaliças. Toda essa produção, que envolve desde produtos de caixaria e folhagens, é 100% consumida pelo mercado local. Produções excedentes geram  comercialização para cidades vizinhas.

São culturas como alface, couve, coentro, cebolinha, pimentas, rúcula, abobrinha, jiló e quiabo, por exemplo, que chegam frescos o ano todo. Nilton Saraiva de Sousa, mais conhecido como Magrão, é um desses produtores. Ele trabalha há 20 anos em Palmas como produtor de folhosas (alface, cebolinha, salsa, coentro, rúcula e couve) e entrega diariamente entre 20 e 25 caixas para supermercados e restaurantes da Capital.

Muitos de seus clientes são cativos há mais de 10 anos. O que ele relaciona a um diferencial: trabalha apenas produtos naturais para livrar sua produção de pragas. “Prefiro assim para ter segurança para mim e pelos meus filhos aqui na chácara. Além do que quero ter um produto bom para comer e vender”, diz Magrão.

Educação e assistência ao produtor

Mas esse trabalho não é simples e requer rotineiramente cuidado e orientação técnica para garantir produção contínua e saudável, que Magrão recebe gratuitamente, assim como centenas de outros pequenos produtores, de culturas variadas, graças à assistência técnica e aos projetos de extensão rural, que são gratuitos e oferecidos pela Seder. “Folhosa dá muito trabalho, é fácil ser atingida por fungo. Quando tenho qualquer problema peço ajuda aos técnicos da Seder, que vêm aqui, já olham tudo, me dizem o que é melhor fazer e resolvo. Se não fosse esse apoio deles com assistência técnica seria muito difícil para mim”, explica o produtor.

De acordo com o secretário da Seder, aquela agricultura tradicional que era passada de pai para filho não está tendo mais sucesso. “Por isso desenvolvemos esse trabalho de oferecer informação e educação ao produtor para que ele tenha um aprendizado concreto e personalizado para garantir uma produção de melhor qualidade. Isso oferecemos na secretaria, por meio dos serviços de assistência técnica e extensão rural”, destaca Sahium.

Assistência técnica garante ao produtor o diagnóstico para soluções de problemas que envolvam, por exemplo, plantadeiras ou uma doença na produção. Já extensão rural envolve medidas de educação continuada para o homem do campo. “Não envolve só o conhecimento de plantio. Estamos falando também em cooperativismo, associativismo, cidadania, educação doméstica, economia do lar”, detalha o secretário. “Esse trabalho deles é excelente. Não uso remédio químico e eles me explicam tudo que posso fazer de natural para garantir produção bonita o ano todo”, garante o produtor Magrão.

Além deste trabalho, a Seder também realiza a manutenção e abertura de estradas vicinais, para garantir a logística necessária para escoamento da produção, o Serviço de Municipal de Inspeção (SIM) e manutenção e capacitação de hortas comunitárias e empreendedoras de Palmas.  A pasta investe R$ 400 mil em suporte a estas hortas para fomento a geração de emprego e renda por ano.

Estima-se circule mensalmente cerca de R$ 3 milhões nas feiras populares da cidades, onde 730 comerciantes revendem ao consumidor produtos oriundos da zona rural e hortas de Palmas, e outros R$ 1 milhão por mês a partir do comércio de produção que não é destinada às feiras  mas, sim, a outros comércios.