Os servidores da Prefeitura de Palmas ainda não descartaram o estado de greve em que se encontram desde o mês de fevereiro, quando o sindicato da categoria, o Sisemp (Sindicato dos Servidores Municipais de Palmas), anunciou a mobilização. Diferentemente da greve, o chamado estado de greve é uma condição na qual os servidores ou trabalhadores da iniciativa privada permanecem trabalhando normalmente, alertando aos patrões ou poder público de que uma greve poderá ser deflagrada a qualquer momento.
Segundo o Sisemp, o motivo da permanência do estado de greve é que a Prefeitura de Palmas - apesar de anunciar um cronograma de pagamento de progressões - não comunicou quando e como pretende pagar o passivo de R$ 40 milhões com os servidores. A questão ficou para ser discutida somente em 2020, o que não agradou a categoria.
Por este motivo, uma assembleia extraordinária de servidores foi convocada para esta segunda-feira, 8. Na ocasião a categoria irá discutir a proposta de pagamento das progressões e a manutenção ou não do estado de greve.
De acordo com o presidente do Sisemp, Heguel Albuquerque, a categoria poderá deliberar também durante a assembleia uma contraproposta que será apresentada à prefeitura. “O que vamos propor na assembleia para aprovação dos servidores é que a Prefeitura inicie o pagamento destes retroativos ainda este ano, começando pelos servidores de salário menor. Outra coisa que iremos cobrar da prefeita é por que esses pagamentos ficaram só para 2020”, questiona Heguel.
Cronograma
Os servidores públicos da Prefeitura de Palmas estão há 3 anos sem progressões. Somente na última quarta-feira, 3, é que a prefeita Cinthia Ribeiro (PSDB) anunciou um cronograma de pagamentos.
De acordo com o planejamento do Executivo, quem tiver progressões atrasadas desde 2016 será enquadrado em junho deste ano; referentes a 2017,serão no mês de agosto de 2019; já os de 2018, serão enquadrados em outubro deste ano; e os de 2019, em março de 2020.