Durante oito dias, a partir deste sábado (24), amantes da cultura off-road e interessados em conhecer belezas ainda pouco exploradas do Brasil terão diversão garantida. A cidade de Campo Grande (MS) será palco da largada da 27ª edição do Sertões, segundo maior rally do mundo, atrás apenas do mítico Dakar, que vai percorrer mais de 4.700 quilômetros pelo interior do país, com a participação de 300 pilotos nacionais e internacionais de carros, motos, quadriciclos e UTVs (uma espécie de buggy moderno).
A prova também vai passar por Mato Grosso, Goiás, Tocantins e Piauí, em meio a cenários únicos de dunas, desertos e cânions, terminando no dia 1º de setembro na cidade de Aquiraz (CE). Durante o trajeto, graças a uma parceria com a organização da prova, o Ministério do Turismo vai transmitir imagens do roteiro pelas suas redes sociais, abordando as características únicas dos locais percorridos. O objetivo é aproveitar o evento para divulgar os atrativos do percurso, incentivando a procura de destinos.
A caravana envolve quase duas mil pessoas, entre competidores, mecânicos e convidados, que movimenta hotéis, restaurantes e postos de combustíveis e provoca forte impacto nas economia locais. O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, que participará da largada, comemora a chance de despertar o interesse por destinos nacionais. “Somos o primeiro país do mundo em atrativos naturais, e o Sertões vai popularizar as maravilhas que o Brasil oferece e que, muitas vezes, nós mesmos não conhecemos bem”, salienta.
O rally também permite que turistas acompanhem a competição, viajando a bordo de veículos 4x4, categoria chamada neste ano de “Expedição Sertões”. O CEO do evento, Joaquim Monteiro, ressalta que, além do esporte, a prova busca evidenciar as riquezas turísticas do Brasil. “O DNA do Sertões é revelar novos destinos, além dos tradicionais. Um exemplo é o Jalapão, no Tocantins, que o rally ajudou a colocar no mapa turístico do país. A cada ano, a gente quer revelar um tesouro brasileiro”, explica.
Uma das integrantes da Expedição é a engenheira mecânica carioca Cristina Pinho (60), que, juntamente com o marido, vai conduzir um veículo 4x4 pela primeira vez no Sertões. Cristina, que já acumula a experiência de outras quatro expedições do tipo no país, aponta o apreço por desafios como uma das motivações. “Gosto muito de aventura, e a gente vai percorrer belezas que não se conhece numa excursão normal. Minha maior expectativa é o Jalapão e um parque no Piauí que pouca gente conhece”, comenta.
Ao longo da competição, uma press trip organizada pelo Ministério do Turismo vai promover a divulgação de atrativos do percurso por jornalistas convidados. Duas caminhonetes ficarão à disposição das equipes de comunicação, que vão se revezar em etapas durante o trajeto. Todos os bastidores do trabalho poderão ser conferidos por meio das redes sociais do MTur, a exemplo do Facebook e do Twitter, além do site oficial do evento, o http://sertoes.com/.
Assistência
O rally promove ainda um dos maiores programas de responsabilidade socioambiental entre competições do gênero no mundo. Por meio do projeto Saúde e Alegria no Sertões, médicos voluntários realizam atendimentos dermatológicos, ginecológicos, oftalmológicos e odontológicos a moradores do percurso, com o auxílio de duas carretas adaptadas e o posterior acompanhamento de pacientes. A preservação ambiental também é uma das preocupações, com o recolhimento de todo o lixo gerado pela competição.
Histórico
O primeiro evento da série ocorreu em 1991, ainda com o nome de Rally São Francisco. A prova, aberta na época apenas para motos, cruzou o interior do país partindo de Ribeirão Preto (SP) e chegando a Maceió (AL). O resultado da competição depende da soma dos tempos que os pilotos precisam cumprir para completar cada uma das provas, sendo que as equipes conhecem o caminho que irão percorrer apenas no dia anterior e precisam navegar para conseguir trilhar o caminho correto. (Ministério do Turismo)