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Foto: Divulgação

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O deputado federal Osires Damaso (PSC) é um dos pré-candidatos à Prefeitura de Palmas. Em entrevista ao Conexão Tocantins, o político falou sobre retomar a economia da Capital. Segundo o deputado ele quer fazer com que Palmas volte a ser a "Capital das oportunidades”, por meio de uma gestão firme e determinada. Nesta entrevista, o pré-candidato comentou sobre a atuação da prefeita Cinthia Ribeiro (PSDB) e afirmou que ela poderia ter sido melhor se tivesse aberto mais espaço para o diálogo. 

Confira o bate-papo na íntegra:

Conexão Tocantins - O senhor lançou sua pré-candidatura à Prefeitura de Palmas ainda em julho, mas começou sua carreira política em Paraíso do Tocantins. Por que a decisão de se candidatar em Palmas?

Osires Damaso - Comecei a minha carreira política em Paraíso, mas sempre estive conectado a Palmas tanto como político quanto como empresário desde a sua criação. Quando decidi ser pré-candidato por Palmas, foi por querer participar mais das decisões que pudessem contribuir não só com a Capital, mas todo o Estado, e por acreditar que tenho muito a oferecer com o crescimento de Palmas.

As candidaturas de oposição à atual prefeita Cinthia Ribeiro (PSDB) são várias. Como vem sendo as tratativas para definir as alianças? A oposição não estará fragmentada demais?

São muitas as pré-candidaturas e eu creio que isso é bastante saudável para a política local. Isso mostra que há mais pessoas interessadas em participar do processo político e tentar fazer a diferença. Essa fragmentação é uma coisa natural, mas acredito que as alianças serão firmadas no início do processo eleitoral.

O senhor já foi deputado estadual e agora está na Câmara Federal e também atua como empresário. Como sua expertise na política e na iniciativa privada podem fazer o diferencial na gestão municipal?

Com certeza o fato de eu ter experiência tanto na política quanto na iniciativa privada é um diferencial. Isso ajuda a ter uma visão mais macro das coisas e dos fatos. Conhecer como funcionam o público e o privado contribui na transparência das ações em relação à coisa pública, na desburocratização e simplificação para fazer melhorar a qualidade de vida da população em todos os aspectos.

No lançamento da sua campanha o senhor falou em "recolocar nossa cidade na sua verdadeira vocação, que é a geração de oportunidade de riqueza e trabalho", como pretende fazer isso?

Quando Palmas foi criada, ela nasceu como a cidade das oportunidades, mas isso foi se perdendo com o tempo. Não podemos mais permitir isso. Palmas ainda é a capital das oportunidades, mas precisa de uma gestão firme e determinada a reconstruir a sua economia. Isso significa gestão profissional transparente e discutida lado-a-lado com a comunidade. Saber ouvir a população e saber dialogar são a principal chave para uma boa gestão.

O senhor é presidente do PSC e já afirmou que o PSC pretende devolver à política os valores que são necessários para a boa gestão, que tanto são clamados pelas pessoas de bem, mas são deixados de lado. A legenda, considerada conservadora e de direita pretende desenvolver alguma pauta voltada para as minorias? Como o partido pretende incluir no seu plano de governo as minorias excluídas do processo de socialização?

O PSC pode ser considerado um partido conservador, mas para se ter uma gestão eficiente, é necessário olhar para a população como um todo. Não cabe a mim julgar ninguém. O meu papel como gestor será governar em prol do desenvolvimento social e humano.

O senhor também comentou no lançamento de sua pré-candidatura que sua campanha eleitoral será pautada pelo debate sobre a retomada do desenvolvimento econômico da capital pós-pandemia. Inferindo que em 2021 ainda estaremos vivendo sob a pandemia da covid-19, como o senhor pretende equilibrar saúde e economia?

É inegável que a pandemia do coronavírus trouxe prejuízo no mundo inteiro e em Palmas não foi diferente. Não somente pelas perdas econômicas, mas também na vida. O Brasil já perdeu mais de 130 mil pessoas para esse vírus. Perdi amigos. Isso é irrecuperável. Mas a economia não pode parar, precisamos retomar as nossas vidas. Do ponto de vista econômico, sendo eleito prefeito, umas das primeiras ações será revisar o exagero de taxação de tributos. O contribuinte arca com uma alta carga tributária, especialmente aquele que gera emprego e renda. Os impostos municipais podem e devem ser reavaliados. Dá para fazer mais com menos e isso é possível com uma gestão mais austera, firme e transparente. É necessário promover o reaquecimento do setor produtivo em todas as suas áreas com políticas sérias voltadas para a economia. Em relação à saúde, apesar de estarmos esperançosos quanto à vacina contra a covid-19, ainda não sabemos quando ela estará disponível para toda a população. A prefeitura pode contribuir para que as medidas sanitárias sejam mantidas sem precisar voltar a fechar o comércio e parar a economia. Também tenho a proposta de construir um hospital municipal. Cidades como Araguaína e Colinas possuem hospital municipal e a capital do Tocantins não tem. Isso não pode ser admitido. Um hospital na Capital ajuda a desafogar o sistema de saúde das unidades de pronto atendimento e o Hospital Geral (HGP). Isso é uma coisa que já deveria ter sido feita há muito tempo.

O senhor afirmou que tem o apoio do presidente Bolsonaro na sua pré-candidatura a prefeito de Palmas. A aprovação de Bolsonaro vem oscilando entre 30 a 37%, o senhor acredita que se aliar à figura do presidente neste momento é uma boa tática eleitoral?

O apoio do presidente Bolsonaro foi fundamental para eu consolidar a minha pré-candidatura. Acredito que ele está no caminho certo e tenho certeza de que, juntos, faremos muito pelo crescimento e desenvolvimento de Palmas.

Como avalia a gestão da prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro (PSBD)?

Eu acredito que todo gestor trabalha sempre com a intenção de acertar, mas isso nem sempre acontece. A gestão da prefeita poderia ter sido melhor se ela tivesse aberto mais espaço para o diálogo.