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Polí­tica

Foto: Divulgação

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O deputado estadual José Roberto Forzani (PT) afirmou durante a sessão da Assembleia Legislativa do Tocantins (AL-TO) desta terça-feira, 6, que, apesar do crescimento do Estado nestes 32 anos de emancipação, para o povo pobre "pouco mudou".

O pronunciamento do deputado teve como principal foco as desigualdades que continuam a atingir com intensidade os tocantinenses mesmo com os avanços obtidos. “Nós aumentamos muito nossa população, nós aumentamos a infraestrutura do Estado, dos municípios, mas o nosso povo, a quantidade de gente pobre permanece inalterada”, disse.

Segundo o parlamentar, por mais que a infraestrutura e as cidades melhoraram, a grande parte das trabalhadoras e trabalhadores continuam vulneráveis como estavam há 32 anos atrás, "mas o dinheiro aumentou, o recurso do estado aumentou”, disse Zé Roberto, que ressalta sobre a necessidade dos governantes abrirem os olhos para essa parcela da população. “Nós somos um Estado que tem mais de 100 mil pessoas que não tem nem energia em suas casas, muitos na zona rural, mas muitos dentro da cidade, somos um Estado onde 500 mil pessoas não têm moradia, moram em casa de palha, casa de papelão ou moram com a família, somos um Estado onde 45% das pessoas não possuem geração de renda durante todo o mês, se viram e nós não podemos fechar os olhos para isso” complementou.

“Nós somos hoje aproximadamente 1,6 milhão de pessoas no Estado, mas nas nossas cidades, aqui em Palmas temos pessoas que passam fome, hoje agravada por esse governo irresponsável, despreparado e incapaz do Bolsonaro. Estamos chegando só no nosso estado quase 180 mil pessoas em situação de fome  que se não tiver a ajuda do estado, que se não tiver a solidariedade das outras pessoas não tem o que comer”, afirma o deputado.

Em sua fala, Zé Roberto destaca que o principal agravante das desigualdades presentes no Estado é o sistema de concentração de renda que favorece um grupo mínimo, afirmando ainda sobre a necessidade da criação de um programa de transfira essa renda para as famílias carentes. “A luta é dura, o orçamento do Estado é concentrado nas mãos de poucos, essa é a realidade, nós precisamos fazer um grande esforço para que esse dinheiro possa chegar às mãos daqueles necessitados, são irmãos nossos que estão passando fome, são irmãos nossos que não tem uma casa para morar, são irmãos nossos que não possuem uma renda”, exclamou Zé Roberto.