Por meio de acordo firmado entre o Banco da Amazônia e o Instituto Conexsus, as comunidades ribeirinhas, quilombolas e das ilhas da região poderão utilizar o crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), cujo valor para 2021 é de mais de R$ 30 milhões.
“Manter essa parceria com o instituto e ter esses microagentes de crédito é importante para o desenvolvimento sustentável da nossa região, faz com que o dinheiro chegue a todo mundo, sem distinção da geografia onde eles vivem”, completou o gerente executivo de Pessoa Física, Luiz Lourenço.
Amanda Paiva, umas das 68 agentes de microcrédito, acredita que o trabalho pode impulsionar um processo de desenvolvimento realmente sustentável, tanto do ponto de vista econômico como ambiental. “Vamos trabalhar junto às famílias, uma via de mão dupla de informações e conhecimentos a serem aplicados e replicados para saúde e bem estar da propriedade e da família”, complementa a nova agente de microcrédito.
Os agentes de crédito
Os agentes serão ativadores de negócios sustentáveis que tem como objetivo impulsionar a autonomia financeira das famílias atendidas. Além disso, os agentes irão mapear, orientar e acompanhar famílias no recebimento de crédito rural via o programa do Basa, o Pronaf, auxiliando na gestão não só do crédito em si, mas do empreendimento rural.
Cada ativador cuidará de um território específico, no caso da Amanda Paiva, ela atenderá famílias cooperadas não Sementes do Marajó, uma cooperativa agroextrativista do município de Curralinho, no arquipélago do Marajó.
A diretora do Instituto Conexsus, Carina Pimenta, vê o modelo de microcrédito como inovador porque aproxima as organizações econômicas socioambientais, as unidades familiares de produção, e aos técnicos das localidades. “Vamos ampliar o número de unidades de produção que praticam o extrativismo sustentável com apoio de técnicos, educação financeira e crédito rural oportuno, adequado e suficiente”, complementa a diretora.