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Saúde

Nas últimas semanas houve uma redução das taxas de ocupação de leitos de UTI

Nas últimas semanas houve uma redução das taxas de ocupação de leitos de UTI Foto: Marcelo Casal Jr

Foto: Marcelo Casal Jr Nas últimas semanas houve uma redução das taxas de ocupação de leitos de UTI Nas últimas semanas houve uma redução das taxas de ocupação de leitos de UTI

Pela oitava semana consecutiva houve uma redução do número de casos, internações e óbitos no país, segundo o Boletim do Observatório Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado nessa quinta-feira, 19. No decorrer das últimas semanas, houve uma redução das taxas de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) covid-19 para adultos no Sistema Único de Saúde (SUS), índice que vêm melhorando no país. A exceção é o estado do Rio, que apresenta aumento no indicador pela terceira semana consecutiva, voltando a atingir o patamar de 70%, o que não ocorria desde meados de junho. 

De acordo com o boletim, a taxa de mortalidade geral do Brasil diminuiu 0,9% ao dia, enquanto a taxa de incidência de casos de covid-19 foi reduzida em 1,5% por dia. As maiores taxas de incidência ocorreram no Centro-Oeste (Mato Grosso, Goiás e no Distrito Federal), no Sul (Paraná e Santa Catarina) e alguns estados do Norte (Roraima e Tocantins). As maiores taxas de mortalidade foram verificadas também em estados do Centro-Oeste (Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás), além do Paraná, Rio de Janeiro e Roraima.

O estudo do Observatório Covid-19 aponta que permanece alta a circulação do vírus. “Este cenário preocupa ao considerarmos que a transmissão permanece alta e a variante Delta se encontra em circulação em vários municípios, com potencial de se disseminar”, dizem os cientistas responsáveis pelo trabalho.

Variante Delta

O cenário epidemiológico do estado do Rio de Janeiro concentra vários casos identificados de covid-19 em decorrência da variante Delta, além de sinalizar para o aumento da incidência de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Também apresentam indícios de SRAG/Covid-19 ao longo das últimas seis semanas, o Rio Grande do Norte, a Bahia e o Paraná. Cerca de 98% dos casos de SRAG com confirmação positiva é por infecção do novo coronavírus.

Os pesquisadores defendem a importância da aceleração da vacinação, do uso de máscaras e do distanciamento físico. “Há também uma retomada da circulação de pessoas nas ruas próximas ao padrão anterior à pandemia, devido a uma sensação artificial de que a pandemia acabou, contribuindo para um relaxamento das medidas de prevenção por parte das pessoas e gestores”, diz o boletim.

Segundo os cientistas além da variante Delta, a retomada de crescimento de casos é reflexo de um progresso lento da cobertura vacinal, em se considerando não apenas a aplicação da primeira dose, mas do ciclo completo de vacinação, com a segunda dose. 

Segundo o boletim, diante deste quadro, é importante adaptar os serviços de saúde para a nova fase da pandemia no país, intensificando as ações de vigilância, testagem e rastreamento de contatos. É fundamental ainda reforçar ações de atenção primária à saúde, capazes de identificar casos que necessitem de cuidados intensivos, o que possibilita também a interrupção das cadeias de transmissão. 

Taxas de ocupação de leitos

Além do Rio, o Paraná também registrou aumento na taxa de ocupação de leitos. A taxa de ocupação de leitos covid-19 para adultos no estado teve um crescimento de 59% para 61% e também houve uma elevação expressiva do indicador na capital do estado, Curitiba (65% para 73%). 

Rondônia saiu da zona de alerta, com queda no indicador de 63% para 52%. Foram registradas expressivas reduções no indicador em Mato Grosso (79% para 61%), com o incremento de leitos disponibilizados (553 para 584), e em Goiás (78% para 69%), sem mudança importante no número de leitos. 

Óbitos

Com ampliação da cobertura vacinal para as faixas mais jovens, o processo de rejuvenescimento da pandemia no Brasil foi revertido. Novamente as internações hospitalares, internações em UTI e óbitos voltaram a se concentrar na população idosa, que apresenta maior vulnerabilidade dentre os grupos por faixas etárias.

Segundo o boletim, há uma estagnação nesse declínio para algumas faixas etárias, especialmente entre idoso, o que alerta para um possível aumento das internações e óbitos entre a população mais idosas.