Preocupado com o assoreamento e em busca de soluções para
impactos na ictiofauna e comunidades ribeirinhas do Rio Javaés, localizado na
região sudoeste do Tocantins, o governador Mauro Carlesse está em busca da
consolidação de parcerias para realização de um estudo com intuito de viabilizar
o desassoreamento do rio. Nessa quarta-feira, 1ª de setembro, o governador, acompanhado de
representantes da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do
Parnaíba (Codevasf), irá verificar a situação no local.
“É uma região muito arenosa que ao longo
dos anos é impactada pelo assoreamento e em determinados períodos do ano,
devido à baixa quantidade de chuvas, muitos quilômetros do rio ficam secos. O
objetivo principal é que o rio volte a correr normalmente", detalhou o
secretário da Agricultura, Pecuária e Aquicultura (Seagro), Jaime Café.
O secretário Jaime Café explicou também que entre os problemas identificados no
rio Javaé, estão os bancos de areia, formados no leito do rio em determinados
períodos do ano, e sedimentos impedem a passagem de água do rio Araguaia para o
Javaé.
A titular da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), Miyuki
Hyashida, enfatizou que “o Governo do Tocantins tem se preocupado com esse
assoreamento no rio Javaés. Por isso, vamos realizar estudos para viabilizar a
melhoria da região, com o objetivo de beneficiar principalmente as comunidades
ribeirinhas que vivem às margens do rio, uma vez que essa situação pode ocasionar
prejuízos para o meio ambiente e para os moradores locais”.
Visita técnica
O diretor de Planejamento e Recursos Hídricos, Aldo Azevedo, afirmou que em 2019, a Semarh realizou uma visita técnica onde foi detectado 65 km, a partir da nascente do rio Javaés, que nessa época do ano está completamente sem escoamento devido a formação de um banco de areia. “Os estudos indicam a necessidade de se fazer uma revitalização da bacia como um todo, além disso, é necessário fazer a desobstrução por conta da água que, por si só, não consegue mais escoar no leito normal, devido os bancos de areia que se formam na área”, avaliou o diretor.