Na véspera do feriado de carnaval, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) por meio da Gerência de Doenças Transmissíveis (GDT) alerta a população sobre a necessidade de prevenção de infecções/doenças sexualmente transmissíveis, durante o período de recesso prolongado.
A Assessora Técnica das IST/Aids e Hepatites Virais, Márcia Brito, informa que o Programa Estadual das IST/Aids e Hepatites Virais distribuiu aos municípios nos últimos três anos (2019, 2020 e 2021) 152.770 unidades de preservativos femininos, 7.836.791 unidades de preservativos masculinos, contribuindo com a prevenção e o controle das IST/AIDS e Hepatites Virais.
Já nos meses de janeiro e fevereiro de 2022 foram distribuídos aos municípios 16.060 preservativos femininos e 367.056 de preservativos masculinos. Além disso, distribuiu-se também Testes Rápidos para HIV, Sífilis e Hepatites Virais B e C, oportunizando diagnóstico no território do usuário do SUS. Ressalta-se que a camisinha é a forma mais simples de proteção e de fácil acesso uma vez que os preservativos são distribuídos gratuitamente pelo SUS nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) de todo o Estado. Vale ressaltar que para a prevenção das IST, Hepatite B e HPV, podem ser feitas com a vacinação disponível nas UBS.
Dados de DST no Tocantins
Segundo dados disponibilizados pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde (MS), em 2020, foram notificados 261 casos de HIV, em 2021, foram 278; já os casos de AIDS, em 2020, foram confirmados 81 e em 2021, 110 casos.
É necessário esclarecer que a denominação AIDS se refere a Pessoas Vivendo com HIV (PVHIV) e que possuem alguma manifestação clínica relacionada ao vírus, ou seja, encontra-se doente e só foi diagnosticada nessa fase da infecção. Já os casos de HIV são de pessoas que foram testados positivos para HIV, porém estão assintomáticas.
Também foram divulgados pelo Sinan, os casos de Sífilis congênita: em 2020, foram 211 casos, em 2021 esse número subiu para 265. Outra doença considerada infecção sexual transmissível foi a Hepatite B, que em 2020 teve registro de 43 casos, e em 2021, 82, com aumento significativo. A hepatite C também teve aumento, em 2020, foram 26 e em 2021 36 casos.
Faixa etária com mais casos de HIV e AIDS
Após análise feita pela equipe da Gerência de Doenças Transmissíveis, foi verificado que a faixa etária com mais casos de infecção pelo HIV encontra-se na faixa de 15 a 34 anos. Em 2020, foram confirmados 185 casos HIV neste público, em 2021 foram 215. Já sobre a AIDS, houve registro de 46 casos em 2020 e 47 em 2021.
Os resultados apontam que o uso do preservativo não é consistente entre os mais jovens, mesmo sendo elevado o conhecimento sobre as formas de prevenção ao HIV.