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Cultura

Foto: Kadu Souza

Foto: Kadu Souza

As ruas da cidade de Natividade, localizada na região sudeste do Tocantins, serão palco da coroação do Imperador da Folia do Divino Espírito Santo nesse sábado e domingo, 27 e 28. O evento é repleto de simbolismo, religiosidade e cultura, o que o torna uma das principais tradições religiosas do Estado do Tocantins. O festejo conta com o apoio da Secretaria Estadual da Cultura (Secult). 

A Festa do Divino Espírito Santo é realizada com a colaboração da comunidade, além dos anfitriões, o Imperador e o Capitão do Mastro, considerados os personagens mais importantes do festejo. Além da religiosidade e dos rituais histórico-culturais, a folia conta também com a distribuição de comidas típicas, bebidas tradicionais, lembrancinhas, artigos e decoração pautada pela representação da imagem da pomba e as cores do Espírito Santo.

“É muito gratificante ser o Imperador do Divino, pela minha fé, cultura e tradição que temos aqui em Natividade”, destaca Henrique Parente, o Imperador escolhido pela comunidade religiosa neste ano, ao contar que tanto o avô, quanto o pai já foram escolhidos como imperadores em edições passadas. “Eu acho bonito essa cultura e tradição que envolvem todas as classes sociais, desde o mais humilde até o mais graduado. Todos eles se juntam na Folia do Divino e se tornam um só. O município é o berço histórico do Tocantins e é por isso que essa cultura deve ser respeitada, tendo o devido apoio das autoridades". 

Para o secretário estadual da Cultura, Tião Pinheiro, a Folia do Divino Espírito Santo compõe a riqueza cultural do Tocantins, sendo uma das mais importantes manifestações religiosas do Estado, além de ser significativa pela inclusão das pessoas e suas diferenças. A manifestação carrega simbologias históricas que são respeitadas há mais de 200 anos. “Como é louvável ver a fé e o respeito às tradições serem passados e repassados pelas gerações. É poético e imensurável o capital social e cultural fomentado pela Festa do Divino e toda a sua programação que começa meses antes e tem seu ápice em dois dias, com o momento festivo e o fazer de milhares de tocantinenses”, avalia o secretário.