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Economia

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O custo da cesta básica em Palmas caiu pelo terceiro mês consecutivo e fechou junho cotado a R$ 703,09, de acordo com levantamento do Núcleo Aplicado de Estudos e Pesquisas Econômico-Sociais (NAEPE). A deflação registrada no mês foi de 2,83%, e o recuo acumulado no trimestre aproxima-se dos 6%.

A maioria dos alimentos apresentou queda de preços, com destaque para o tomate, que ficou 9,4% mais barato, seguido pelo pão francês (-4,7%), arroz (-4,1%), feijão (-3,1%) e carne (-2,5%). Apenas quatro produtos tiveram aumento: banana (4%), café (4,3%), margarina (5,1%) e óleo de soja (1,1%).

Segundo o diretor-geral do Naepe, o economista e professor Autenir Carvalho, a tendência de queda reflete um cenário de maior estabilidade na cadeia de suprimentos e menor difusão inflacionária. “Esse movimento de recuo consecutivo nos preços mostra uma retomada do equilíbrio entre oferta e demanda, principalmente nos itens mais sensíveis da cesta alimentar", explica o pesquisador. “O comportamento do tomate, por exemplo, foi decisivo para puxar o índice para baixo. Mas é importante observar que ainda temos pressões pontuais em produtos como café e margarina, que sofrem com oscilações sazonais e mercadológicas”, pontua.

Com a deflação, o valor do salário mínimo necessário também teve leve retração, passando de R$ 6.078,80 para R$ 5.966,66. Já o tempo médio de trabalho para aquisição de uma cesta básica em junho foi estimado em 110 horas e 48 minutos para um trabalhador que recebe um salário mínimo mensal.

“Mesmo com a queda, o custo da alimentação ainda compromete uma fatia significativa da renda do trabalhador que, em junho, ficou em 50,3% do salário-mínimo líquido. Por isso a importância do monitoramento dos custos da alimentação para a compreensão e elaboração de políticas voltadas à segurança alimentar da população mais vulnerável”, avalia o diretor do Naepe.

A pesquisa do Naepe é aplicada mensalmente em comércios de Palmas. O levantamento é considerado um dos mais relevantes para avaliar os impactos da inflação alimentar na capital. O estudo é realizado pelo Nape, com apoio do Ministério Público do Tocantins (MPTO) e do Conselho Regional de Economia (Corecon-TO). Os dados completos desta e de outras pesquisas estão disponíveis no site naepepesquisas.com e no Instagram do Núcleo: @naepe.pesquisas.