Conexão Tocantins - O Brasil que se encontra aqui é visto pelo mundo
Economia

Foto: Freepik

Foto: Freepik

Palmas registrou uma inflação de 3,15% na alimentação fora de casa no segundo trimestre de 2025, em comparação ao trimestre anterior. Os dados são do Núcleo Aplicado de Estudos e Pesquisas Econômico-Sociais (NAEPE) do Instituto Federal do Tocantins (IFTO), que aponta os doces como grandes responsáveis, com reajuste de 10,83%, liderado por açaí e sorvete – dois dos itens mais consumidos na capital, especialmente nos meses de maior calor.

O levantamento mostra que o aumento nos lanches rápidos também pressionou o índice geral. A inflação na categoria chegou a 4,93%, com destaque para o misto quente (7%), seguido por coxinha, pastel e pão de queijo, que tiveram altas entre 3% e 4%. Por outro lado, a pesquisa identificou uma relativa estabilidade no setor de refeições, com alta de apenas 1,37%, após uma inflação de 5,34% no primeiro trimestre. A refeição por quilo teve reajuste de 1,60%, enquanto o tradicional chambari, prato típico da região, registrou queda de 1,74%, ajudando a aliviar parte da pressão sobre o consumidor.

Para o economista e professor do IFTO, Autenir Carvalho, os dados revelam uma conexão direta entre o comportamento dos preços da alimentação fora de casa e os custos da alimentação doméstica. “Essa estabilidade parcial nos restaurantes reflete a deflação observada na cesta básica neste segundo trimestre. Quando os insumos ficam mais baratos no supermercado, os donos de restaurantes tendem a repassar menos aumentos nos seus cardápios”, explica. Carvalho também chama atenção para o ritmo acelerado de aumento em itens que costumam parecer inofensivos no dia a dia.

“É preciso observar com atenção a categoria dos doces. A inflação acumulada já chega a 17% em apenas dois trimestres. Para o consumidor médio, que busca um lanche rápido ou uma sobremesa, esse reajuste tem impacto direto no orçamento mensal”, pontua Autenir Carvalho.