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Cidades

Foto: Divulgação

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A quantidade de famílias sem um imóvel próprio para morar frente ao total de moradias existentes na região Sudeste, em 2023, reduziu 5,7% em relação ao ano anterior. O chamado déficit habitacional relativo passou de 773,3 milhões em 2022 para 728,9 milhões, no ano seguinte, segundo levantamento da Fundação João Pinheiro (FJP), em parceria com o Ministério das Cidades.

Os destaques da região foram Rondônia, Roraima e Pará, respectivamente, com queda de 34,6%, 13,5% e 8,6% no déficit habitacional. O primeiro estado passou de 66.410 mil para 56.486 mil domicílios. Já Roraima foi de 30.946 mil para 26.758 mil e o Pará, saiu de 357,6 mil para 326,7 mil.

O levantamento servirá de base para o aprimoramento de políticas habitacionais do Ministério que tem no MCMV um importante pilar. Após ser descontinuado no governo anterior e retomado, no início de 2023, o Minha Casa, Minha Vida trouxe avanços significativos para transformar a realidade de milhares de famílias brasileiras. Entre elas estão redução de taxas de juros para níveis mais acessíveis ao público-alvo do programa, aumento dos descontos e a extensão dos prazos de financiamento, o que facilitou a adesão para muitas pessoas.

O Governo Federal tem procurado ampliar o alcance da política habitacional do país, aumentando o universo de pessoas que podem se beneficiar dos programas oficiais, que contam com melhores condições de acesso à casa própria. Para isso, o Ministério das Cidades, além de atuar fortemente junto a estados e municípios em busca de soluções conjuntas, tem trabalhado para promover ajustes na política habitacional de forma que elas atinjam as famílias brasileiras que precisam de moradia digna.

Um destaque para a criação de nova faixa no MCMV, voltado às famílias com renda mensal entre R$ 8,6 mil e R$ 12 mil, denominada Minha Casa, Minha Vida - Classe Média, e que poderá financiar em condições favoráveis: juros de 10% ao ano, imóveis no valor de até R$ 500 mil.

De olho no Norte, o Ministério das Cidades implementou medidas especificamente para a região. Entre elas estão a redução dos juros dos financiamentos para as famílias com renda de até R$ 2 mil, aumento do desconto nos financiamentos em até 33%; e adequações ao modo de se morar na região, como previsão de ganchos para redes nos dormitórios e uso de madeira nas construções em áreas rurais.

Essas iniciativas vão ajudar a superar gargalos, como do ônus excessivo com aluguel urbano, medido por índice que pesquisa famílias que comprometeram 30% da renda de três salários-mínimos. De acordo com o levantamento, esse componente é mais desafiador do déficit, atingindo 220,9 mil de domicílios na região.

O estudo mostra também que 55,4% dos domicílios da região apresentam algum tipo de inadequação de infraestrutura básica, como falta de água encanada, rede de esgoto ou coleta de lixo. A inadequação edilícia atinge 35% das moradias urbanas do Norte, e a fundiária, 4,9%.

Para melhorar esses índices, em breve, o governo federal lançará oficialmente o programa para custear reforma de casas populares. A medida atende famílias que precisam fazer intervenções como a ampliação de cômodos, construção de banheiros, troca de fiação ou serviços hidráulico, ou uma simples pintura, garantindo assim, mais dignidade sem comprometer sua renda. Nessa nova linha de crédito serão oferecidos financiamento a juros acessíveis, aliado a assistência técnica.

Veja tabela com o déficit habitacional por estado na região Norte:

REGIÃO 

2022 

2023 

VARIAÇÃO 

RONDÔNIA

86.410

56.486

-34,6%

RORAIMA

30.943

26.758

-13,5%

PARÁ

357.625

326.749

-8,6%

AMAZONAS

177.239

191.082

7,8%

ACRE

28.717

30.893

7,6%

AMAPÁ

47.664

50.799

6,6%

TOCANTINS

44.730

46.140

3,2%

(BrMaisCom.Ministério das Cidades)