O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) da Fundação Getulio Vargas subiu 2,5 pontos em outubro, para 109,0 pontos. Na métrica de médias móveis trimestrais, o indicador recuou 1,4 ponto, para 108,7 pontos.
Após duas quedas seguidas, a alta do indicador de incerteza no mês foi impulsionada pelo componente de mídia, refletindo o debate público em torno das persistentes incertezas externas relacionadas à política comercial global, principalmente com o aumento, em meados de outubro, das tensões tarifárias entre Estados Unidos e China. O componente de expectativas seguiu a direção contrária e recuou, motivado por uma menor incerteza por parte do mercado em relação às previsões da taxa Selic para daqui a 12 meses. Apesar da alta do IIE-Br, o indicador se mantém em patamar considerado confortável de incerteza, abaixo dos 110 pontos. Para os próximos meses, a manutenção de um nível moderado de incerteza dependerá desses fatores externos, e também da dinâmica da economia interna e da gestão das contas públicas”, afirma Anna Carolina Gouveia, economista do FGV IBRE.
Mídia e de Expectativas
O componente de Mídia do IIE-Br subiu 3,6 pontos em outubro, para 111,1 pontos, contribuindo positivamente com 3,1 pontos para o resultado agregado. O componente de Expectativas, que mede a dispersão nas previsões de especialistas para variáveis macroeconômicas, recuou 3,3 pontos, passando a 96,6 pontos e contribuindo negativamente com 0,6 ponto para a queda do IIE-Br.
