Com a participação efetiva dos integrantes representativos da comunidade, a 6ª rodada de reuniões ordinárias dos Comitês de Co-gestão da Usina Hidrelétrica Estreito foi realizada entre os dias 9 e 13, em Estreito, Aguiarnópolis, Babaçulândia, Barra do Ouro, Filadélfia, Carolina, Tupiratins e Darcinópolis. No total, mais de 500 pessoas participaram das reuniões, sendo destes, cerca de 100 membros dos Comitês de Co-gestão.
As reuniões contaram com a presença de membros dos Comitês dos 12 municípios interferidos diretamente pela UHE Estreito, além de representantes da Administração Central e das Gerências Executivas do Maranhão e do Tocantins do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), bem como de representantes do Consórcio Estreito Energia (Ceste), responsável pela implantação do empreendimento.
Na oportunidade, os representantes do Ceste e do Ibama esclareceram as dúvidas sobre os temas que foram sugeridos pelos próprios membros dos Comitês, em reuniões temático-preparatórias realizadas no mês de setembro. Entre os temas tratados nas pautas das reuniões estavam assuntos relacionados à pesca no reservatório, obras de recomposição, praia permanente, supressão da vegetação, compensações financeiras e sociais para os municípios interferidos, bem como sobre a situação dos barqueiros e barraqueiros.
A gerente de Projetos Econômicos do Ceste, Cassandra Gelsomino Molisani, informou que a proposta do Consórcio é desenvolver as atividades dessas categorias, promovendo a manutenção do emprego e renda. “O Consórcio está desenvolvendo os programas de Fomento às Atividades Produtivas Locais e ao Turismo que, juntos, vão contemplar também os barqueiros e barraqueiros da região, com os novos investimentos e oportunidades criadas no futuro lago da UHE Estreito”, ressaltou.
Com relação à pesca no reservatório, o gerente de Planejamento e Controle Estratégico do Consórcio, Marcos Duarte, explicou sobre o Programa de Conservação da Ictiofauna (estudo de peixes), que está sendo executado na região por pesquisadores do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). “Os pesquisadores ouviram os pescadores da região e, juntos, elaboraram uma proposta para a criação de um complexo de beneficiamento do pescado”, disse o Gerente, acrescentando, ainda, que “a adequação da pesca profissional à nova realidade gerada pelo empreendimento também é uma ação prevista no Programa”.
Ainda segundo o gerente Marcos Duarte, os primeiros levantamentos feitos pelos pesquisadores relatam que não haverá a necessidade de paralisação da pesca no lago, mas quem definirá a questão é o Ibama, que analisará os estudos realizados no rio Tocantins.
Para a integrante do Comitê de Co-gestão de Barra do Ouro, Aurilene Casimiro Alencar, as explicações foram esclarecedoras. “Recebi explicações das ações que ainda não tinha conhecimento. É importante ter as dúvidas esclarecidas para poder repassar melhor as informações aos que não puderam estar presentes”, comentou Aurilene no final da reunião, em Barra do Ouro.
Já o integrante do Comitê de Aguiarnópolis, Roberto Kennedy, frisou que é fundamental também os membros se reunirem entre si, no sentido de compartilhar as dúvidas em comum. “Nós temos o hábito de prepararmos melhor para as reuniões ordinárias com o Ibama. Com antecedência, discutimos internamente os temas e isso torna a reunião mais produtiva”, relatou.
Comitês de Co-Gestão - Os Comitês de Co-Gestão da UHE Estreito foram criados em 2007, como um importante instrumento de comunicação entre a comunidade e o Consórcio empreendedor. Eles possuem caráter consultivo e são constituídos por entidades e lideranças municipais, pelo Consórcio Estreito Energia (Ceste), que exerce o papel de secretário executivo e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – Ibama, coordenador dos Comitês.