O deputado Marcelo Lelis, presidente regional do PV, viaja no próximo dia 11 para Copenhague, para participar da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 15), cujas decisões finais acontecerão nos dias 17 e 18. O parlamentar levará na bagagem dados e informações sobre a Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação (REDD) realizadas no Brasil.
Lelis cita números de um levantamento feito pelo Serviço Florestal Brasileiro, que constata que apenas 12% das ações dos projetos estão implementados, 53% estão em fase de elaboração e os outros 35% ainda estão negociando créditos e captando recursos. “O REDD consiste na conservação de áreas de floresta para evitar que, ao desmatadas, emitam carbono para a atmosfera e contribuam para o aquecimento global”, explica, lembrando que dos 18 projetos apresentados, 15 estão na região amazônica e dois no Vale do Ribeira, no Paraná. “Eles estão distribuídos em propriedades públicas, privadas e terras indígenas”, acrescenta.
O Partido Verde, observa Lelis, defende a idéia desse mecanismo de redução de emissão de gases de efeito estufa nas negociações da conferência internacional do clima em Copenhague. Os projetos de REDD abrangem cerca de 460 mil km². Como a referência de cálculo é a tonelada de carbono por hectare, se nas negociações de Copenhague for estabelecido um preço médio de U$ 5 dólares por hectare, o país pode captar U$ 230 milhões apenas com estas primeiras iniciativas.
Na Amazônia, de acordo com o relatório do Painel Intergovernamental de Mudança do Clima (IPCC), o aquecimento pode chegar a 8°C em 2100. Estima-se que as mudanças climáticas resultariam em redução de 40% da cobertura florestal – a chamada savanização.