A sessão ordinária da tarde desta quarta-feira, 15, foi suspensa para que a Comissão de Educação, Cultura e Esporte se reunisse para audiência pública com representantes da Universidade do Tocantins (Unitins)e dos estudantes da instituição. Na pauta da reunião, a atual situação da Unitins, sua estrutura física e autonomia financeira.
Em entrevista concedida após o término da audiência, o reitor da Unitins, Joaber Divino Macedo comentou que, ao contrário das alegações dos estudantes da universidade, a Unitins não possui dificuldades no atendimento aos alunos já matriculados na instituição. De acordo com ele, todos os estudantes presenciais e do ensino à distância tem recebido de maneira correta o atendimento da universidade. “Não temos dificuldades em atender nem os alunos presenciais e nem os à distância”.
Estrutura e aluguel
A questão, segundo Macedo, é planejamento para melhorias estruturais. O reitor informou que já está aberto o processo licitatório para a construção do novo campus da Unitins em Palmas, que será localizado ao lado da Universidade Federal do Tocantins, em terreno que pertence á Universidade Estadual. “Serão construídos três prédios de dois pavimentos, com 48 salas de aula, biblioteca, laboratórios e áreas de convivência”, completou.
De acordo com o reitor, assim que finalizado o processo de licitação dos projetos, o aprovado pelo Ministério da Educação será encaminhado para a Secretaria Estadual da Infraestrutura para que seja aberta a licitação para a construção do espaço físico da Unitins. “Acredito que até agosto já devamos estar com essa licitação aprovada”, disse, completando que as obras devam ficar orçadas em um valor aproximado de R$ 10 milhões.
Uma das principais alegações dos estudantes da Unitins, de acordo com o reitor da universidade, é a atual estrutura da universidade que não comportaria a demanda de alunos da instituição. A sugestão para a solução do problema seria o aluguel provisório de um prédio para sanar a situação. Contudo, Macedo minimizou o problema e frisou que não há a necessidade de aumentar os gastos dos contribuintes por um tempo curto com solução já definida. “O mais correto é diminuirmos a oferta por pouco tempo até que todos os prédios estejam prontos”, salientou.
Demissões
Sobre as demissões promovidas pela universidade, Joaber Macedo frisou que não se tem o que questionar. De acordo com ele, esses funcionários estão saindo por conta do fim da demanda de alunos de cursos que não terão novas turmas. O reitor ainda informou que não há como convocar os concursados do cadastro de reserva por conta da futura e aproximada mudança na figura administrativa da Unitins. De acordo com ele, já que a universidade passará a ser totalmente pública, a política para contratação de funcionários também mudará. “Se a Unitins vai ser toda pública, temos que mudar nosso regime de servidor de seletivo para estatutário”, citou.
Vestibular
O reitor ainda ressaltou que o modelo de ingresso na Unitins irá mudar. De acordo com ele, o número de vestibulares irá ser reduzido de dois por ano, para um. “Mas o número de vagas não irá diminuir”, disse.