Em pronunciamento realizado na tarde desta quarta-feira, 31, na Assembleia Legislativa, o deputado Eli Borges (PMDB) questionou o valor do orçamento previsto para o pagamento da Pro Saúde – empresa contratada pelo governo para gerir 17 hospitais públicos do Tocantins. ao todo, a administração pagará um montante de R$ 258 milhões para a empresa gerir os hospitais.
De acordo com o deputado, com esse valor pago à Pro Saúde, seria possível contratar cerca de 500 médicos, mil enfermeiros e 2 mil funcionários para limpeza e alimentação para a saúde do Estado. Além disso, segundo Eli Borges, com o valor pago pelo Estado, ainda seriam possíveis as compras de 200 ambulâncias e a construção de 17 mil casas populares. “Essa empresa seria capaz de ampliar o número de leitos? De aumentar o número de UTI’s?” Questionou.
Durante sua fala, o deputado ainda solicitou que seja apresentado para o plenário, a lista dos gastos que a empresa terá com a saúde pública. “Quero pedir a essa tribuna, ao líder de governo, que possa trazer matematicamente os gastos por que estou curioso para saber onde essa empresa vai gastar os R$ 258 milhões”, disse.
Líder de governo
Em resposta ao deputado do PMDB, o líder de governo, deputado José Bonifácio (PR) citou o caso do hospital de Augustinópolis onde, de acordo com ele, são gastos mensalmente, cerca de R$ 2,3 milhões. “Depois do estudo feito, foi falado que o ideal um gasto de R$ 3 milhões”, disse. Com esse total, por ano, seria necessário um investimento anual de R$ 36 milhões apenas no hospital da cidade. “E esse é um hospital de médio porte, que não chega nem perto dos hospitais de Gurupi, Araguaina, ou Palmas”, disse.
Já o deputado Raimundo Palito (PP), usou dos mesmos argumentos matemáticos de Eli Borges e frisou que, dividindo o valor total do orçamento da Pro Saúde por 12 meses, chegaria-se a um valor de R$ 21,5 milhões. “Se dividirmos esse valor pelos 17 hospitais, veremos que não é muito dinheiro assim”, frisou.
Contestando as informações do deputado do PP, Borges lembrou que o orçamento da saúde, aprovado na Lei de Diretrizes Orçamentárias, no princípio do ano, é de R$ 980 milhões. De acordo com o deputado, depois do pagamento do valor destinado à empresa, ainda sobram mais de R$ 700 milhões. “O que eu quero saber é onde o governo ainda vai gastar todo esse dinheiro. Ainda falta muita informação”, disse.