A senadora Kátia Abreu (PSD) presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CAPB), anunciou nesta segunda, na Rio + 20, no Rio de Janeiro, a criação de um índice global de desenvolvimento sustentável. A ideia é possibilitar a abertura de mercados para países que adotam práticas ambientais corretas. Kátia também anunciou estudos para a criação de um fundo internacional com vistas a financiamento e difusão de tecnologia que contribua para o desenvolvimento agrícola e pecuário com respeito ao meio ambiente. A senadora Kátia Abreu apresentou as propostas no mesmo dia em que um dos maiores jornais britânicos, o diário Financial Times, publicava nesta segunda, 18 de junho, um artigo intitulado “A pecuarista que se tornou uma forte influência”, descrevendo a trajetória pessoal e política da Senadora.
O Financial Times define: “Ela esta entre as pessoas mais poderosas do Brasil”. A reportagem é assinada pelo editor da América Latina, do FT. Ali, escreve o Financial Times. “O Brasil produz sete vezes mais grãos em apenas o dobro da terra que utilizava em 1.998, muito graças ao desenvolvimento do cerrado. Ao contrário do que se pensa, essas fazendas ficam a centenas ou até milhares de quilômetros de distância da Amazônia”.
Os dois projetos apresentados nesta segunda por Kátia Abreu representam as duas propostas apresentadas pelo setor agropecuário para a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável – Rio+ 20. Kátia salientou na manhã desta segunda, em entrevista a jornalistas brasileiros e internacionais, que o Brasil que produz comida de qualidade e barata, ocupando apenas 27,7% do seu território, tem autoridade moral para, na Rio + 20, defender novas propostas que garantam o crescimento sustentável da produção mundial.
Ela criticou os ambientalistas que têm divulgado que a Rio + 20 teria nascido morta. “Acho o contrário, é inadmissível que não reconheçamos que de 92 para cá muita coisa aconteceu”. Hoje, segundo Kátia Abreu, em qualquer evento em qualquer lugar do mundo há a inclusão do tema meio ambiente. “Virou uma mania positiva, hoje não há quem não defenda a sustentabilidade”, falou. Segundo Kátia, antes de 92, os ambientalistas colocaram um muro de Berlim entre as pessoas, as florestas e os biomas. “Até 92 a discussão ambiental era anti-humanista, conservacionistas. Hoje é impossível discutir o meio ambiente sem que o agronegócio esteja presente”, disse a Senadora.
Ao justificar a criação do índice global de desenvolvimento sustentável, a senadora Kátia Abreu salientou que a iniciativa tem a finalidade de dar viabilidade econômica ao processo, inserindo socialmente o maior número de produtores. A erradicação da pobreza, um dos temas da Rio + 20, depende, para a senadora, no caso das áreas rurais do Brasil, de políticas que garantam acesso a tecnologias, sementes, crédito, capacitação e extensão rural “especialmente nas classes mais pobres”, disse Kátia.
Kátia detalhou o documento elaborado pela, informando que a expansão da agropecuária brasileira não depende, exclusivamente, de abertura de novas áreas e que além de ter uma vegetação nativa nas propriedades privadas, o Brasil possui como diferencial uma extensa área de pastagens – 158,7 milhões de hectares – além de áreas degradas que podem ser recuperadas. (Assessoria de Imprensa)