O terceiro dia do Fórum da Sustentabilidade, como programação da Flit – Feira Literária Internacional do Tocantins – trouxe o tema “Mobilidade Pública Sustentável”, com a ênfase do Governo do Estado em um transporte público e iniciativas inovadoras que promovam o desenvolvimento local integrado à preservação do espaço ambiental urbano, à saúde, bem-estar e integridade dos moradores.
De acordo com a explanação das autoridades que participaram de mesa redonda na manhã desta quarta-feira, 11, no auditório do Palácio Araguaia, não basta atacar problemas específicos a partir da inserção de veículos movidos a energias limpas, a exemplo de biocombustíveis, biomassa, elétrica, se não se adotar estratégia de aonde se quer chegar, em um período de médio e longo prazo.
Para o palestrante alemão convidado para o evento, Pierluigi Merlin, é preocupante ainda mais para o futuro o aumento em progressão geométrica do número de motores de combustão nas ruas das cidades em todo o mundo. Conforme ele, a dificuldade de mobilidade da população, junto com a quantidade de gases metano e outros componentes expelidos, já são responsáveis por um número acentuado de doenças respiratórias e neuropsíquicas, o que requer uma mudança drástica nesta concepção de desenvolvimento e de vida.
Governo e população
“É preciso, acrescenta ele, que os espaços urbanos recebam mais áreas verdes para absorção de gás carbono, e se quisermos espaços para pedestres, ciclistas, transporte de massa, veículos leves sobre trilhos – VLT, metrô, como nas grandes cidades europeias, e que são mais baratas, é preciso que os gestores decidam junto com a população, pois as pessoas estão necessitando conhecê-las e esperando por estas possibilidades”, defende.
Para o outro expositor, o doutor em mobilidade urbana e pesquisador da Universidade Federal de São Carlos (SP), Marcelo Mancini, é necessário se levar em conta múltiplos fatores para democratizar o espaço urbano, pensando a cidade para todos, desde o pedestre, o portador de necessidades especiais, ao transporte de massa. ”O interessante é fazer com que a população participe das decisões para que o trânsito se torne humanizado”. (Secom)