Um Veículo Aéreo Não Tripulado (Drone) está sendo construído por acadêmicos do curso Sistema de Informação, da Fundação Universidade do Tocantins (Unitins). O intuito do robô é auxiliar as ações do Corpo de Bombeiros Militar do Tocantins, no controle ambiental e em missões de monitoramente e inspeção, onde o acesso humano direto possui alta periculosidade. O projeto é construído no laboratório de Hardware, do curso, no Campus I, em Palmas.
Segundo o professor e coordenador do grupo de pesquisa em Inteligência Computacional, Automação e Robótica (Ícaro), Ygor Yepes, o protótipo do Drone já está em vias de finalização e será uma importante ferramenta de trabalho para diversas áreas. “O projeto tem a previsão de ser entregue no final deste ano e possui inúmeras vantagens, como o baixo custo e a adaptação de suas funcionalidades para outras frentes de trabalho, como a agricultura de precisão e coleta de dados meteorológicos”, explicou.
A utilização desse equipamento robótico tem se difundido no Brasil pelo relativo baixo custo se comparado a aeronaves convencionais. Um pequeno avião comercial para sair do chão gasta em torno de R$ 4 mil reais, enquanto a construção do Drone custa em média de R$ 500 a R$ 1 mil reais.
A inspiração para desenvolver o projeto com o propósito de auxiliar a salvar vidas veio do acadêmico de sistema de informação, e também militar do corpo de bombeiros, Bruno Santos Moraes. “Por ser bombeiro senti a necessidade de desenvolver uma tecnologia que pudesse ajudar a salvar vidas, e também fico feliz por perceber que existe a possibilidade real de executar um projeto acadêmico que será de grande utilidade para a sociedade,” concluiu Bruno, que já sonha apresentar o robô para outros estados brasileiros.
Pela sua grande utilização no Brasil, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) publicou em fevereiro deste ano, uma proposta para a regulamentação do uso dos veículos aéreos não tripulados definindo que não podem ser utilizados para lazer, esporte ou competição. E sua utilização em áreas públicas abertas poderá ser feita somente quando o equipamento pesar mais de 25 quilos e voar abaixo de 400 pés (120 metros). A meta da Anac é aprovar o regulamento até o fim do ano.
No Estado é a primeira vez que um projeto como este é desenvolvido. O coordenador, Ygor Yepes, acredita que o Drone vai preencher uma lacuna existente no controle ambiental da região, podendo capturar imagens de difícil acesso e diversificando as plataformas de observação, para registrar principalmente o monitoramento das queimadas, que tanto assolam o Tocantins no período de seca.
A pesquisa
O projeto do robô Veículo Aéreo não Tripulado (Drone) já tem um ano de pesquisa e faz parte do grupo de pesquisa em Inteligência Computacional, Automação e Robótica (ÍCARO) da Unitins, que tem as atividades centradas no desenvolvimento de soluções com Robótica Móvel Autônoma, aplicadas aos setores de Segurança Civil, Controle Ambiental e Agricultura de Precisão, buscando suprir demandas levantadas no Estado do Tocantins.
O protótipo inicial do robô Drone, possui cerca de 1,5kg, com capacidade de atingir uma altura de 500 metros em boas condições, com tempo de voo entre 15 a 20 minutos. A pesquisa é desenvolvida por oito alunos do curso de Sistema de Informação, e engloba o estudo de visão computacional de localização GPS, mapeamento em imagens 2D e 3D e instalação de sensores ambientais para a detecção de gases.