A Fundação Cultural de Palmas (FCP) promove, por meio do Programa Municipal de Incentivo à Cultura (Promic), a exposição coletiva da Associação dos Artistas Visuais do Tocantins (Avisto) “Palmas Contemporânea” até o dia 04 de setembro, na Galeria Municipal de Artes, no Espaço Cultural José Gomes Sobrinho. Características da Capital estão em foco nas telas dos artistas Ciro, Costa Andrade, Mahau e Sérgio Lobo.
A exposição passa pela linguagem realista, pelos quadrinhos, pela linguagem iconográfica e pelo abstrato. A jornalista Heliana Oliveira esteve do vernissage e falou sobre a exposição. “Gostei! Achei bastante interessante os trabalhos, além de ser uma boa oportunidade para nos ‘desestressarmos’. A arte nos faz viajar. Eu estava tentando imaginar o que o artista estava pensando no momento em que ele fez a obra”, disse.
O artista Ciro, em suas telas, destacou o cotidiano da Capital e usou da sua própria rotina para se inspirar. “Pintei um caminho que sempre faço pra ir pra casa. Acho que representa bem a cidade. Rua deserta, alguém esperando o ônibus, céu azul e bastante mato”, disse.
Trabalhando com a linguagem abstrata, Mahau falou sobre como a cidade de Palmas está representada em suas obras. “Criei uma imagem sobre Palmas com seus vazios e verticalizações. Retratei de uma forma macro, sendo a cidade vista de cima. Em outra tela, Palmas é estanque. Tem um aglomerado aqui que cresce, tem um outro ali que cresce. Ela não é centralizada, não é uma cidade que começou daquele ponto e se expandiu dali. A cidade com esses vazios é fria. A outra tela apresenta Palmas como uma cidade cosmopolita que está sendo desbravada”, explicou.
A arquitetura de Palmas esteve presente nas telas de Sérgio Lobo, idealizador do projeto. “A proposta era retratar Palmas contemporânea com uma linguagem rápida. Optei por pinturas simples, mas muito detalhadas. Usei a representação iconográfica dos pontos turísticos da cidade, no caso, o Memorial, a Ponte e, principalmente, o Espaço Cultural que é um lugar que eu fiz curso de desenho, pintura, fotografia, além de outros. Foi onde comecei e achei interessante retratar”, disse.
O atual presidente da Avisto e artista expositor, Costa Andrade, falou sobre a importância da Galeria Municipal de Artes para a cidade. “A administração pública está de parabéns por ter percebido que a cidade de Palmas merecia um lugar como esse. A fruição estética da arte faz parte também de uma possibilidade de lazer. Não é bom só para o trabalhador de arte ter onde mostrar seu trabalho, como também para o público que gosta de conviver com obras de arte. A obra de arte só existe com a visão complementar do espectador”, afirmou.
A artista plástica Aparecida Lacerda apreciou e comentou sobre a exposição “Palmas Contemporânea”. “Os artistas da Avisto fizeram um trabalho muito interessante. Cada um retratou um ritmo de Palmas. Costa Andrade definiu muito bem a parte mais humana. O Mahau traz muitos detalhes com cores lindíssimas. O trabalho do Sérgio, com as figuras limpas e sintetizadas, chamaram a atenção assim que entrei na Galeria. O Ciro fez uma conexão muito boa, fez um ‘senhor painel’. Podemos sentir o valor de cada um desses quadros. Palmas está muito bem representada”, disse ela. (Secom Palmas)