O deputado federal Carlos Henrique Gaguim (PMB/TO) em pronunciamento, nesta terça-feira, 16, na tribuna da Câmara dos Deputados, destacou a importância do combate ao zika vírus, que foi declarado pela Organização Mundial de Saúde – OMS, emergência de saúde pública internacional.
Gaguim afirmou que já tem mais de 1,5 milhão de contágios desde abril no Brasil. “Esses dados são alarmantes e precisamos mudar esse quadro urgentemente”, salientou.
A Secretaria Estadual da Saúde de Tocantins investiga cerca de 84 casos de microcefalia no Estado. O objetivo é verificar se há relação com o zika vírus. Os números da doença em 2016 foram atualizados pelo Ministério da Saúde. Até agora, foram 101 notificações, e, segundo o Ministério casos da malformação já foram registrados em 39 municípios do Tocantins em 2016.
Municípios como Almas, Ananás, Angico, Aragominas, Araguaína, Araguatins, Augustinópolis, Babaçulândia, Brejinho de Nazaré, Campos Lindos, Centenário, Chapada da Natividade, Colinas do Tocantins, Conceição do Tocantins, Darcinópolis, Dianópolis, Divinópolis, Formoso do Araguaia, Goiatins, Lagoa do Tocantins, Miranorte, Monte do Carmo, Natividade, Nova Olinda, Novo Acordo, Pedro Afonso, Pequizeiro, Piraquê, Porto Nacional, Rio Sono, Santa Rosa do Tocantins, Santa Tereza do Tocantins, Taguatinga, Palmas, Tocantínia, Tocantinópolis, Wanderlândia, Xambioá, Esperantina estão na lista, afirma a assessoria do deputado.
Nas Américas do Sul e Central, 26 países já reportaram casos de zika vírus e o ministro da Saúde, Marcelo Castro, avalia que a situação do zika vírus no Brasil pode ser pior do que o imaginado, já que 80% das pessoas contaminadas não apresentam sintomas.
Segundo Carlos Gaguim, diante da gravidade da epidemia, a população precisa fazer a sua parte. “Temos que fazer a nossa parte deixando nossa casa limpa, terreno limpo e a redondeza limpa. Se você observar algum lugar com possibilidade de propagação do mosquito e não denunciar, estará sendo conivente. É nossa obrigação denunciar. Não conseguiremos sair dessa situação se não formos atuantes”, afirmou o deputado.
Ainda segundo o parlamentar, para avançarmos na guerra contra o mosquito transmissor da zika vírus, o governo precisa reconhecer seus erros e fazer sua parte.
Segundo Gaguim, comparando os anos de 2014 e 2015, o Governo Federal e 17 Estados cortaram recursos contra epidemias. No Tocantins, por exemplo, em 2015 investiu-se 8 milhões a menos que em 2014 em vigilância epidemiológica. “A luta de combate ao mosquito deve ser permanente e a população deve fazer sua parte, porém fica difícil quando se observa falta de kits de teste de exame nos hospitais e postos de saúde da rede pública, que deveriam serem fornecidos nesse Estado de urgência. As ações do governo para lidar com essa epidemia não podem ser lentas e nem burocrática. A redução de investimentos na rede estruturada de vigilância tem impacto direto na saúde das pessoas”, finalizou o deputado.