O ministro Teori Zavascki, 68 anos de idade, relator da Operação Lava Jato no Supremo tribunal Federal (STF), morreu na tarde desta quinta-feira, 19 de janeiro, em acidente de avião em Paraty, na região da Costa Verde fluminense, no Rio de Janeiro (RJ). A informação da morte foi confirmada pelo filho do ministro, Francisco Zavascki e Corpo de Bombeiros. "Caros amigos, acabamos de receber a confirmação de que o pai faleceu! Muito obrigado a todos pela força!", postou Francisco no Facebook.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, o avião permanece submerso e três pessoas estão presas nas ferragens.
De acordo com a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), o avião bimotor em que estavam essas pessoas, um King Air, decolou às 13h01 do Campo de Marte, em São Paulo, com destino a Paraty. A aeronave pertence a Emiliano Empreendimentos e Participações Hoteleiras.
O Corpo de Bombeiros informou que o avião caiu no mar, próximo à Ilha Rasa. Na hora do acidente, chovia forte em Paraty e a região estava em estágio de atenção.
Operação Lava Jato
Nascido em Faxinal dos Guedes, em Santa Catarina, Teori se formou em Direito pela UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) em 1972. Teori foi ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) entre 2003 e 2012. Em novembro de 2012, ele tomou posse como ministro do STF após a indicação da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
Teori era o relator da Lava Jato no Supremo e estava prevista para fevereiro a homologação dos acordos de delação da Odebrecht.
Investigadores da Lava Jato trabalhavam com a previsão de que todo o conteúdo das 77 delações da empreiteira Odebrecht, considerada a maior delação do esquema, seja tornado público na primeira quinzena de fevereiro. A expectativa de investigadores era de que o ministro retirasse o sigilo dos cerca de 900 depoimentos tão logo as delações sejam homologadas. Isso estava previsto para ocorrer após o fim do recesso do Judiciário, nos primeiros dias de fevereiro.
Com a morte de Teori, de acordo com o Regimento Interno da Corte, o relator dos processos da Lava Jato deverá ser o próximo ministro a ser indicado pelo presidente Michel Temer. Para chegar à Corte, o substituto deverá passar por sabatina na Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) do Senado e ter o nome aprovado pelo plenário da Casa. (Matéria atualizada às 17h34min com informações UOL Notícias e EBC)