As senadoras Gleisi Hoffmann (PT-PR), Fátima Bezerra (PT-RN), Ângela Portela (PT-ES), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Lídice de Mata (PSB-BA), Regina Sousa (PT-PI) e Kátia Abreu (PMDB-TO) ocuparam a Mesa Diretora do Senado para tentar impedir a votação da Reforma Trabalhista.
O presidente da Casa, Eunício Oliveira (PMDB-CE), impedido de presidir a sessão que iria analisar a proposta, mandou apagar as luzes do plenário e desligar os microfones.
Do local as senadoras utilizaram as redes sociais para transmitirem seus pronunciamentos e posicionamentos quanto aos quesitos da reforma que estão sendo impostos pelo governo do presidente Michel Temer (PMDB).
Vários deputados compareceram ao plenário do Senado para solidarizarem-se com as senadoras. No plenário da Câmara dos Deputados, vários parlamentares pronunciaram-se com palavras de apoio ao gesto das senadoras.
Por outro lado, a ocupação da Mesa Diretora foi criticada por senadores governistas, a exemplo do senador Garibaldi Alves (PMDB-RN) que afirmou que a ação das parlamentares é um “verdadeiro vexame para o Senado”. Segundo o senador o fato nunca aconteceu na Casa. “Eu só posso dizer que estou chocado. Diante disso que aconteceu acho que o presidente está certo. O que nós queremos é votar, tudo se resolve aqui no voto e não dessa maneira”, disse o senador.
Já o senador Jorge Viana (PT-AC) disse que o impasse decorreu da forma com que o governo está conduzindo as reformas no Congresso. “É isso que dá esse impasse que o Brasil está vivendo. É claro que não é bom, mas, por outro lado, como é que pode se fazer uma reforma trabalhista sem que o Senado possa alterar um inciso, um artigo de uma lei que é tão importante para todo mundo? ”, indagou.