Na última quarta-feira, 1º de novembro, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, confirmou que mais 22 plantas frigoríficas brasileiras, 11 de bovinos e 11 de aves, poderão receber a autorização para exportação de carne à China. Segundo Maggi, falta apenas a visita técnica dos chineses ao Brasil que deverá ocorrer na segunda quinzena de novembro. Entre elas estão duas indústrias tocantinenses – Plena Alimentos (Paraíso do Tocantins) e Boi Brasil (Alvorada).
Conforme o ministro, cada planta frigorífica liberada tem potencial de gerar US$ 50 milhões de dólares por ano em negócios, “somando mais de US$ 1 bilhão” anualmente. “Temos mais 36 plantas que poderão ser credenciadas numa segunda rodada, após ajustes de documentos”, disse Blairo Maggi.
O presidente do Sindicato das Indústrias de Carnes Bovinas e Derivados do Tocantins (Sindicarnes), Oswaldo Stival Júnior, comemorou a abertura do mercado chinês ao produto tocantinense. “É um momento importante para a pecuária do nosso Estado. Além de comprovar a qualidade da carne produzida no Tocantins, a habilitação movimentará a economia local e, consequentemente, irá gerar mais empregos”, destacou Stival.
De acordo com o Ministério da Agricultura, o Brasil possui 56 unidades frigoríficas autorizadas a exportar para a China. Maggi atribuiu a autorização dada pelo governo chinês à visita feita por ele e o presidente Michel Temer ao país entre o fim de agosto e o começo de setembro. Na ocasião, o presidente chinês Xi Jinping elogiou a carne brasileira e disse ser consumidor e “garoto propaganda” do produto.
ABPA
O presidente-executivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, afirmou que a autorização da China pode render embarques adicionais de até 10 mil toneladas por ano por planta só no setor de aves. “Isso demonstra a confiança da China na parceria com o Brasil pela segurança alimentar”, disse em nota.