Após veiculação do estudo denominado “Coquetel” onde cita que 27 tipos de agrotóxicos foram achados na água de um a cada quatro municípios do Brasil, onde afirma que dos 139 municípios do Tocantins, em 121 foram identificados tais substâncias, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) por meio da Superintendência de Vigilância em Saúde, emitiu nota sobre os trabalhos da área técnica de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Vigiagua), em especial aos monitoramentos semestrais tanto da vigilância (análises realizadas pelo setor saúde), quanto do controle (análises realizadas pelo responsável pelo abastecimento de agua) para os parâmetros “agrotóxicos” e que atestam a qualidade boa para consumo.
De acordo com a nota, as análises são feitas conforme preconizado na Portaria de Consolidação Nº 5/2017 do Ministério da Saúde, em seu anexo XX, onde estabelece a lista dos agrotóxicos a serem analisados, a periodicidade, bem como, seus valores máximos permitidos.
“A população tocantinense precisa saber que a água de abastecimento público é monitorada conforme determina o anexo XX da Portaria de consolidação nº. 05 de 2017, com parâmetros mensais, trimestrais e semestrais, todos os laudos constam digitados no banco de dados do Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Sisagua), e, até o momento não foram detectados agrotóxicos acima dos valores máximos permitidos, estabelecidos nas normas vigentes”, destacou a nota.
Os dados semestrais referentes aos parâmetros agrotóxicos começaram a ser alimentados, no ano de 2016, pelas empresas responsáveis pelo abastecimento de água para consumo humano, o que aumentou significativamente a quantidade de informações disponibilizadas no Sisagua.
“A partir do ano de 2013, a Vigilância em Saúde Ambiental do Tocantins elaborou o Plano Estadual de Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Agrotóxicos (VSPEA) e o Plano de Amostragem para coletas semestrais e desde então vem sendo realizadas análises de resíduos de agrotóxicos, além do controle também pela vigilância, em municípios prioritários”, reforça o documento.
Estudo divulgado
De acordo com estudo divulgado, “os dados são do Ministério da Saúde e foram obtidos e tratados em investigação conjunta da Repórter Brasil, Agência Pública e a organização suíça Public Eye. As informações são parte do Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Sisagua), que reúne os resultados de testes feitos pelas empresas de abastecimento”.
“A exposição aos agrotóxicos é um grave problema de saúde pública, portanto, os dados publicados na referida pesquisa merecem uma análise aprofundada uma vez que mostraram discordância com a realidade que a Vigilância em Saúde tem detectado nos municípios de nosso Estado, levando em consideração que o banco de dados da vigilância não ter detectado amostras com resultados acima do VMP”, enfatiza a área técnica.
Veja anexado abaixo comunicado com a íntegra da nota.