Na reunião técnica, realizada na manhã desta quinta-feira, 11, os representantes das empresas discorreram sobre o teor de seus projetos, em que fase estão e os benefícios alcançados até o momento. Cada uma das 24 empresas tocantinenses participantes do programa receberá em média 350 mil reais para o desenvolvimento dos projetos. O recurso, não reembolsável, ou seja, o empresário não precisa se preocupar com pagamento, somente com o sucesso de seu negócio, está sendo liberado de acordo com o plano de execução financeira.
A maioria dos projetos contemplados com recursos do Tecnova Tocantins, dos segmentos da Tecnologia da Comunicação e Informação, Energias Alternativas, Agronegócio, Construção Civil e Serviços, está praticamente concluída. Alguns em forma de protótipo, outros em produtos acabados e em fase de testes, ou já sendo comercializados.
É o caso da Wenafra Indústria e Comércio de Mármores e Granitos, com sede na cidade de Guaraí. “Lançamos um modelo de armário inovador, que não tem problema de umidade, um produto durável, de fácil limpeza, totalmente higiênico. Damos garantia de 5 anos, mas dura no mínimo 50”, destaca o empresário Werciley Lima, acrescentando que o produto que desenvolveu representa hoje cerca de 35% do faturamento de sua empresa.
O empresário destaca ainda que o negócio deu tão certo que atualmente coloca em média 180 peças de armário por ano no mercado, a um custo médio de R$ 2.500,00 cada unidade. “Trabalhamos hoje praticamente uma peça a cada dois dias, e não estamos mais correndo atrás do cliente, ele vem até a empresa comprar o nosso produto”, afirma.
A empresa CDJ Manutenções, de Palmas, e que tem como um dos sócios o jovem empresário Saulo Florentino da Mota, também foi contemplada com recursos do Tecnova e desenvolveu o Fire Stop, um moderno sistema de monitoramento, que funciona de forma remota e em tempo real, de detecção e combate a incêndios. O equipamento deve utilizado principalmente em áreas externas, como parques, praças e lavouras.
“Nosso produto já saiu da fase de protótipo e está pronto para ser comercializado, falta apenas o modelo de negócio que ainda estamos providenciando, revela o micro empresário, que reconhece a importância do programa. “Hoje no Brasil, onde a grande maioria das pequenas empresas trabalha no limite, seria impossível fazer o que fizemos sem o apoio do Tecnova, pois tivemos que contratar pessoas e comprar materiais que ainda seriam testados, e uma pequena empresa, com capital já escasso, não arriscaria tanto. Por isso, o recurso do Tecnova foi muito bem-vindo, sem ele nada teria acontecido”, afirma Mota.
Além dos representantes das empresas contempladas, o secretário estadual de Indústria, Comércio e Serviços, Tom Lira, a superintendente do Instituto Euvaldo Lodi - IEL Tocantins, Roseli Sarmento, e o reitor da Universidade do Tocantins (Unitins), Augusto Rezende, também participaram da reunião de apresentação dos projetos apoiados pelo Tecnova, um programa do governo federal, realizado pela Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), e que no Tocantins é executado pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Indústria, Comércio e Serviços, e pelo IEL Tocantins, entidade da Federação das Indústrias do Estado do Tocantins - Fieto.