Na próxima semana, o Brasil dá um passo importante para inaugurar uma nova era de conectividade: o leilão do 5G. Na quarta-feira, 27, 15 operadoras apresentaram propostas para os lotes disponíveis no certame e no dia 4/11 os envelopes serão abertos pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Esse será um marco histórico para o país e a chegada da tecnologia 5G irá revolucionar os setores econômicos. Para se ter uma ideia, a expectativa é que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro aumente R$ 6,5 trilhões nos próximos 15 anos.
A quinta geração de internet móvel favorece conexões com qualidade superior a todas as anteriores, com baixa latência (rápido tempo de resposta) e confiabilidade. Dessa forma, possibilita a utilização de máquinas mais avançadas e a digitalização de processos. Os impactos reverberam para além do setor de telecomunicações, com potencial de gerar uma revolução em outros segmentos, como na saúde, educação, agropecuária, comércio, serviço ou indústria. Todas as cadeias produtivas irão passar por uma transformação.
"A velocidade rápida, com um tempo de resposta menor, permite aumentar a quantidade de dispositivos e máquinas conectadas entre si. Na indústria, por exemplo, todo o sistema de produção estará conectado, algo praticamente impossível hoje em dia", detalha o ministro das Comunicações, Fábio Faria.
Como consequência, os setores se tornarão mais eficientes, produtivos e competitivos no cenário internacional, capazes de gerar mais riquezas para o Brasil. De acordo com levantamento divulgado pela Anatel, os segmentos que mais contribuirão para o crescimento do PIB nos próximos anos são: Tecnologia da Informação e Comunicação (R$ 1,3 trilhão); Governo (R$ 1 trilhão); Manufatura (R$ 1 trilhão); Serviços (R$ 868 bilhões); Varejo (R$ 502 bilhões); e Agricultura (R$ 434 bilhões).
Na avaliação do secretário de Telecomunicações do Ministério, Artur Coimbra, a nova geração de internet móvel irá promover uma revolução digital sem precedentes. "O 5G permite a realização de atividades sensíveis ou críticas, que necessitem que os dados sejam transmitidos quase que em tempo real, como carros autônomos, cirurgias à distância, aplicações de realidade virtual e controle remoto de colheitadeiras e maquinário industrial", pontua. (Ascom/Ministério das Comunicações)