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Polí­tica

A Federação de Partidos que vem sendo articulada pelo ex-presidente Lula, visando possível participação do Partido dos Trabalhadores, PSB, PCdoB, PSOL e PV, foi rechaçada pela Executiva do PT Tocantins, durante reunião, realizada na noite dessa terça-feira, 21, pela plataforma Zoom. A Executiva do partido no Tocantins deliberou pela posição contrária à federação.

Publicada em setembro deste ano, a Lei 14.208 implementou a novidade das federações partidárias, que garantem às legendas unidas agirem como um só partido durante quatro anos. 

De acordo com a Executiva Estadual, o Partido dos Trabalhadores, "sempre lutou contra as opressões e os privilégios da classes dominantes, garantindo ao povo brasileiro a democracia e justiça social, e, por isso, deve saber se ao buscar uma coligação ou federação se estas vão de acordo com o programa político de acabar com as relações de exploração na sociedade".

O partido destaca ainda, que, seu posicionamento, se dá pela postura crítica sobre as coligações eleitorais, que no PT, sempre foi premissa o fortalecimento dos partidos ideológicos e programáticos.

Para o PT Tocantins, num momento de preparação e organização política para a eleição de Lula Presidente da República em 2022, a participação numa federação é contraditória. "Sendo assim, tendo um quadro de desvantagens a serem analisadas. Como por exemplo, a dificuldade de renovação na política brasileira. Os partidos com menos expressão se aliarão a partidos com maior potencial eleitoral, mantendo os quadros atuais, também aumentando cortes em segmentos sociais com grandes lutas e pequenas estruturas", afirma nota do partido.

Outra desvantagem apontada pelo PT Tocantins é a abertura, ainda maior, para candidatos e instituições com maior poder econômico, já que, segundo o partido, com as federações o número de parlamentares será reduzido consideravelmente, justamente por causa da concentração de candidaturas. "Há também o poder das estruturas estatais, que serão decisivas para o resultado das eleições, tendo uma capacidade de cooptação infinita com a diminuição do número de candidaturas", afirma.