O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Tocantins (Sindjor) e a Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj) emitiram nesta quarta-feira, 2, uma nota conjunta repudiando a violência cometida contra jornalistas durante a cobertura das manifestações que acontecem nas rodovias estaduais e federais no Tocantins. Nesta terça-feira, 1º de novembro, uma equipe da TV Anhanguera foi hostilizada por manifestantes enquanto tentava produzir uma matéria sobre o bloqueio realizado na ponte que liga Palmas a Luzimangues.
O Sindjor Tocantins tem informações de que outras equipes jornalísticas também sofreram intimidações enquanto tentavam produzir matérias sobre as manifestações. Os atos foram considerados ilegais pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ainda na segunda-feira, 31, que determinou a total desobstrução das rodovias e vias públicas, além de multa de R$ 100 mil por hora em desfavor dos proprietários de veículos usados em bloqueios, obstruções e interrupções.
A presidente do sindicato, Alessandra Bacelar, chama a atenção das autoridades policiais e políticas para garantir que o trabalho dos jornalistas em cobrir as manifestações seja exercido com segurança. "O que aconteceu com as equipes de jornalismo não deve ser tornar corriqueiro. O jornalismo é uma profissão legítima, que presta serviço de informação com qualidade para a população, e deve ser exercido de forma segura”, defendeu.
Na nota, o Sindjor e a Fenaj indicam que os órgãos de controle social serão acionados para apurar possível responsabilização das pessoas que estejam cerceando o direito ao trabalho dos jornalistas.
Confira abaixo a nota completa.
Nota de Repúdio: Violência contra jornalistas no Tocantins
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Tocantins (Sindjor) repudia veemente a intimidação sofrida pela equipe da TV Anhanguera Aurora Fernandes, nesta terça-feira, 1º de novembro, durante a cobertura do bloqueio ilegal da ponte que liga Palmas a Luzimangues, causado por manifestantes que protestam contra o resultado das eleições presidenciais do Brasil.
De forma covarde, os manifestantes impediram a repórter e o cinegrafista de exercerem o trabalho de reportar os acontecimentos que são de interesse público evidente e causam repercussões sociais importantes, em função do cerceamento da liberdade constitucional das pessoas de ir e vir e do provável desabastecimento de alimentos, medicamentos e combustíveis.
A violência contra jornalistas é um atentado à democracia. O Sindjor denuncia o caso para que as autoridades policiais e políticas garantam a segurança dos repórteres e produtores de notícias, que prestam o relevante serviço de informar a população a partir da apuração técnica que consagra o exercício do jornalismo profissional.
O Sindicato informa ainda, que acionará os órgãos de controle social para que acompanhem o caso e promovam a devida responsabilização de todos aqueles que, de uma forma ou de outra, cerceiam o direito do jornalista em exercer o seu ofício.