Com foco em aperfeiçoar a gestão das Unidades de Conservação (UCs), a partir do intercâmbio de experiências, gestores das UCs reuniram-se no auditório do Centro de Atendimento ao Turista (CAT), em Mateiros, na última sexta-feira, 14, para apresentação de demandas e diálogo sobre ações estratégicas para 2023.
Estiveram presentes os supervisores Hermísio Alecrim, do Monumento Natural das Árvores Fossilizadas (Monaf); Alessando Machado, do Parque Estadual do Jalapão (PEJ); Lyon Cardoso, do Parque Estadual do Lajeado (PEL); Adailton Glória, do Parque Estadual do Cantão (PEC); Camilla Muniz, da Área de Proteção Ambiental (APA) Serra do Lajeado; Fábio Dias, da APA Ilha do Bananal/Cantão; Rejane Nunes, da APA Jalapão; Abel Cardoso, da APA Lago de Palmas; e Ayranan Leite, da APA Nascentes de Araguaína. O encontro, que foi promovido pela Gerência das Unidades de Conservação (Geuc), contou com a participação do gerente responsável, Rodrigo Sávio; da gerente de Suporte ao Desenvolvimento Socioeconômico, Vanessa Braz; e do diretor Warley Rodrigues.
Dentre as principais pautas discutidas, os gestores pontuaram a atuação da Brigada Gavião Fumaça e a preparação para as ações de prevenção e combate dos incêndios florestais. “Este é o segundo intercâmbio realizado entre gestores. O primeiro foi realizado no ano passado, no PEC”, recordou o diretor Warley Rodrigues, ao destacar que “essa estratégia de reunião com gestores e com os parceiros, primeiro com os parceiros, que valida o trabalho de um ano e meio com a WWF-Brasil e CeMAF [Centro de Monitoramento e Manejo do Fogo], e, nessa oportunidade de validação desses trabalhos, trouxemos os gestores para interagir nesse produto que será usado nas UCs em breve”, informou.
Para um dos anfitriões do encontro, o supervisor do PEJ, Alessandro Machado, este tipo de encontro fortalece a gestão e estabelece bons vínculos funcionais. “Cada gestor expõe suas ideias, demandas e anseios. Isso cria um vínculo entre os colegas de trabalho e a gente aprende também. Trocamos ideias e aí conhecemos as particularidades de cada unidade e isso é importante para cada gestor. É um prazer recebê-los aqui, isso vai fortalecer muito nosso trabalho”, avaliou.
Para Hermísio Aires, que veio do Distrito de Bielândia, onde está localizado o Monaf, a 740 km de Mateiros, esta é uma vivência nova que permite que experiências adquiridas em cada localidade possam ser adaptadas da melhor forma à realidade local. “O que levamos de uma unidade para outra são as características, especificações e minúcias que podem ser adaptadas de uma unidade para outra. Isso rende bons frutos. Principalmente agora, que vai começar o período de queima controlada. Com esta discussão de ideias, vamos acertar mais”, pontuou o supervisor.
“É importante ouvir os gestores das unidades, pois são eles que estão na linha de frente e conhecem as particularidades das mesmas”, destacou o gerente Rodrigo Sávio ao lembrar que esta dinâmica de trabalho contribui ainda “para a construção e revisão dos planos de manejo, pois viabiliza a discussão que irá permitir estabelecer aspectos fundamentais relacionados a quais são os objetivos gerais das unidades, o zoneamento, as normas para nortear e regular o uso da área e o uso dos recursos naturais, conforme previsto na Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC)”.
Nesse sábado, 15, e domingo, 16, a programação aconteceu com encontros nas comunidades para pactuação do calendário do Manejo Integrado do Fogo (MIF). Representantes da WWF-Brasil e CeMAF também participaram das atividades.
Pesquisa em UCs
Com a publicação do resultado final dos projetos selecionados no edital de pesquisa para Unidades de Conservação, que foi lançado em junho do ano passado pelo Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) e a Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapt), a gerente Vanessa Braz apresentou as supervisões das UCs as pesquisas contempladas no edital e em quais localidade serão realizadas. “Os 12 projetos aprovados são de suma importância para o fortalecimento das nossas Unidades de Conservação, visto que, as temáticas contemplam questões que auxiliarão na preservação e conservação da nossa biodiversidade, como também fortalecerá as comunidades que dependem da manutenção de um ecossistema saudável e equilibrado para tirar fontes do seu sustento”, detalhou.
Cada um dos 12 projetos de pesquisa receberão R$ 100 mil. O edital tem por objeto o apoio a projetos de pesquisa aplicados ao conhecimento, monitoramento, manejo, uso e proteção da biodiversidade, do patrimônio cultural e dos recursos naturais nas UCs. Nesta fase serão destinados R$ 1,3 milhão; o recurso é oriundo de compensação ambiental para ser aplicado nas UCs.