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Saúde

Foto: Divulgação Precisa/AI

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A volta às aulas em meio ao período chuvoso preocupa os pais tocantinenses, que certamente já perceberam que as crianças costumam adoecer mais nessa época do ano. De acordo com o último boletim semanal InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o Tocantins está entre os dez estados brasileiros com incidência de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em níveis de alerta, risco ou alto risco, com tendência de crescimento a longo prazo.

A preocupação é ainda maior quando se trata de crianças menores, cujo sistema imunológico ainda não está totalmente desenvolvido. Isso as torna mais vulneráveis a gripes e outras doenças virais, como o vírus sincicial respiratório (VSR), principal causador da bronquiolite. Essa infecção respiratória é a responsável pelo aumento de internações infantis nos últimos anos e, se não tratada, pode até levar à morte, embora isso seja raro.

Para a especialista do Hospital Pediátrico de Palmas (HPP), doutora Marian Mascarenhas, o aumento de casos de bronquiolite não é inesperado. “O vírus sincicial é sazonal, mais comum nos períodos chuvosos, que no Tocantins coincidem com o início do ano letivo. Ou seja, além das condições propícias para a reprodução do vírus, as crianças retornam às salas de aula e têm mais contato entre si, facilitando a transmissão da doença”, explica a pediatra.

Diante da projeção da Fiocruz de aumento dos casos de infecções respiratórias graves, a médica recomenda medidas preventivas. “Após a pandemia de covid, já sabemos que a prevenção de doenças respiratórias exige atenção constante. Crianças devem evitar aglomerações desnecessárias e, quando isso for inevitável, usar máscara de proteção. A higienização das mãos deve ser reforçada com água e sabão ou álcool 70%. Além disso, não enviar crianças doentes para a escola e evitar visitas a bebês pequenos nesse período são atitudes que fazem diferença”, alerta a especialista.

Para os pais, pode ser difícil diferenciar uma gripe comum de uma bronquite ou bronquiolite. Por isso, outra recomendação importante, especialmente para crianças menores de dois anos, que são as mais afetadas pela bronquiolite, é buscar atendimento médico ao primeiro sinal de alerta. “Se não tratada, a bronquiolite pode evoluir para pneumonia, desidratação e insuficiência respiratória. Se a criança apresentar tosse seca e persistente, chiado no peito, dificuldade para respirar, coriza, febre baixa ou perda de apetite, é fundamental procurar um hospital imediatamente”, conclui a doutora Marian. (Com informações da Precisa/AI)

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