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Saúde

Causadas por microrganismos como vírus, bactérias, fungos e parasitas, as infecções respiratórias podem ser transmitidas por diferentes vias, como o contato direto entre pessoas, picadas de insetos, ingestão de alimentos ou líquidos contaminados, ou até mesmo pelo contato com superfícies infectadas. Os sintomas podem variar dependendo da causa da infecção, frequentemente incluem febre e cansaço.

Nesta época do ano, é comum que no Tocantins os casos de doenças respiratórias aumentem, segundo explica o Dr. Jandrei Markus, professor e médico infectologista da Itpac Porto. “Nessa época, a influenza, conhecida popularmente como gripe, e os quadros respiratórios, como a bronquiolite e a pneumonia são os mais importantes, tanto em número de casos quanto em gravidade”.

Algumas infecções leves podem ser curadas com remédios caseiros e repouso, enquanto outras infecções podem apresentar sintomas mais graves e envolver internação hospitalar para o tratamento. Algumas dessas doenças são extremamente perigosas e precisam de diagnóstico médico rápido, uma vez que podem deixar sequelas ou até mesmo levar à óbito.

Apesar da grande incidência de doenças por infecção na região Norte, em especial as respiratórias, é possível fazer planos que auxiliem no combate, alerta o médico.

“O controle de infecções é possível. Mas, o planejamento de ações futuras exige um controle mais eficiente da incidência e prevalência das doenças. É fundamental conhecer a própria capacidade local e saber gerir bem os recursos disponíveis, não apenas materiais, mas também humanos”.

Conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), foram registrados no Brasil mais de 80.000 casos de tuberculose em 2023, o Brasil é um dos países com maior incidência de casos da doença no mundo.

“A tuberculose é extremamente negligenciada no Tocantins. Atualmente, somos o estado que menos notifica casos, enquanto estados vizinhos registram de quatro a cinco vezes mais casos da doença, o que provavelmente reflete uma subnotificação preocupante”, ressalta o Dr. Jandrei.

Formas de contágio e tipos de microrganismos

Microrganismos infecciosos podem ser patogênicos — causadores de doenças como gripe e pneumonia — ou não patogênicos, que convivem em equilíbrio com o corpo humano. Esse equilíbrio, no entanto, pode ser rompido em casos de imunidade baixa, resultando em infecções.

As formas de transmissão variam. Algumas infecções são contagiosas e se espalham diretamente pelo ar, por gotículas de saliva ao falar, tossir ou espirrar. Outras se transmitem de forma indireta, por água, alimentos ou superfícies contaminadas.

As zoonoses são transmitidas por animais, como a raiva (mamíferos) e a salmonella (aves). Já as arboviroses, como dengue, zika e chikungunya, são transmitidas por insetos. Os sintomas variam conforme o agente infeccioso, mas febre, tosse, dor no corpo, cansaço, coriza e chiado no peito são os mais frequentes.

No Brasil, transformações sociais e ambientais, aliadas à atuação da saúde pública, ajudaram a controlar algumas doenças. No entanto, novas infecções surgiram e outras, como a COVID-19, reapareceram com força, exigindo constante vigilância. (Cênicas)