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Saúde

Foto: Freepik/@rawpixel.com

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Estudos comprovam que o consumo de bebida alcoólica aumenta no período de férias. Além de elevar consideravelmente o risco de acidentes de trânsito, se associado ao uso de variados tipos de medicamentos pode resultar em agravamento de problemas de saúde. No intento de alertar sobre os riscos, o Sindicato dos Farmacêuticos do Tocantins (Sindifato) orienta cautela.

"Nesse cenário de maior descontração, é fundamental que a população compreenda a gravidade da interação entre o álcool e os mais variados tipos de medicamentos, pois os riscos à saúde são reais e podem ser severos, indo muito além de um simples mal-estar. Nosso alerta visa proteger vidas e evitar acidentes, especialmente no trânsito, onde a imprudência pode ter consequências devastadoras para indivíduos e famílias. Como entidade que zela pelo bem-estar da sociedade, o Sindifato reforça a importância da informação e da responsabilidade para que as férias sejam um período de descanso seguro, e não de complicações", afirma o presidente Renato Soares Pires Melo. 

Efeitos colaterais como a redução ou anulação do efeito da medicação, sonolência, tonturas, vômitos e dor de cabeça são algumas das consequências indesejadas da intervenção medicamentosa associada à ingestão de bebida alcoólica. No entanto, podem surgir problemas mais sérios, tal qual debilitar órgãos vitais. O fígado, por exemplo, que é onde o álcool e medicamentos são metabolizados e biotransformados, sofre sobrecarga.

E você pode pensar que isso não parece tão grave e que o fígado "aguenta". O que talvez não se avalie é que quando o fígado, um órgão vital, sofre sobrecarga, todo o organismo do indivíduo é afetado, influenciando em inflamações, alopecia, cansaço, rugas, manchas na pele, diarreias, aumento do ritmo cardíaco, dentre outros.

Tudo vai depender do tipo de medicamento e da quantidade de álcool ingerida.

Engana-se quem pensa que apenas medicamentos mais fortes geram os problemas. Um simples paracetamol, indicado para o alívio de dores leves e moderadas, se misturado ao álcool pode aumentar o risco de hepatite medicamentosa e causar grave inflamação no fígado. Os anti-inflamatórios aumentam o risco de úlcera gástrica e sangramentos e o grupo dos antibióticos, por sua vez, podem causar dor de cabeça, palpitação, dificuldade respiratória e até a morte.

Álcool e medicamentos no pós-operatório

O álcool interagido com medicações de pós-operatórios também prejudicam a saúde. A bebida tende a diminuir ainda mais a imunidade de quem já está com a imunidade baixa por conta da cirurgia. O estômago, já sensibilizado por conta do efeito da medicação, ficará sujeito a uma gastrite ou até úlcera.

O melhor, orientam médicos e farmacêuticos, é que o cidadão não beba nada antes ou depois do procedimento, aguardando o prazo estipulado pelo médico, até que haja a liberação.

Ler a bula é vital

O presidente do Sindifato ressalta ser preciso atentar-se à bula de cada medicamento e seguir orientações médicas e farmacêuticas antes de decidir pelo consumo de bebida alcoólica. "É vital compreender que a saúde é um ativo inestimável, e a responsabilidade de protegê-la recai sobre cada um de nós. A mistura de álcool e medicamentos, mesmo os mais simples, pode acarretar sérios riscos, transformando o descanso em uma preocupação desnecessária. O Sindifato reforça seu compromisso com a saúde pública, conclamando a todos a priorizar a segurança e buscar sempre a orientação de profissionais farmacêuticos e médicos", aconselha Renato. 

Sindifato

O Sindicato dos Farmacêuticos do Estado do Tocantins foi fundado em 20 de setembro de 1997 e registrado em 8 outubro de 1998, quando foi constituída a primeira diretoria em assembleia geral da categoria. É formado pela Diretoria Executiva, Conselho Fiscal e Delegados Representantes junto á Federação, efetivos e suplentes, eleitos a cada quatro anos. 

E-mail: contato@sindifato.org.br. Página online:  https://www.sindifato.com.br/. Instagram (@sindifato).