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Saúde

Foto: Divulgação

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O Guia Alimentar para a População Brasileira, do Ministério da Saúde, orienta que uma alimentação saudável deve priorizar alimentos in natura ou minimamente processados, como frutas, verduras, legumes, cereais, feijões, castanhas, leite, carnes e ovos. Também recomenda limitar o consumo de alimentos processados e evitar os ultraprocessados, preferindo refeições preparadas em casa, de forma equilibrada e culturalmente apropriada.

Os carboidratos, responsáveis pelo fornecimento de energia ao corpo, podem ser encontrados em arroz, batata, mandioca, pães e massas, de preferência, integrais. As proteínas estão presentes em carnes magras, ovos, peixes e ainda em leguminosas, como feijão, lentilha e grão-de-bico. As gorduras boas estão no azeite, nas castanhas, sementes, abacate e em peixes ricos em ômega-3.

Segundo Joezer Oliveira Carvalho, nutricionista residente no Hospital de Doenças Tropicais da Universidade Federal do Tocantins (HDT-UFT/Ebserh), os suplementos alimentares podem fornecer nutrientes, enzimas, probióticos e substâncias bioativas (nutriente ou não-nutriente com ação metabólica específica). Ele evidencia que a maioria das pessoas saudáveis não necessita de suplementos alimentares, pois uma dieta equilibrada já é suficiente para atender às necessidades nutricionais.

Joezer explica ainda que os atletas profissionais ou praticantes de atividade física intensa, por não atingirem suas metas nutricionais somente com a dieta normal, podem necessitar de suplementação. Porém, ele lembra que os suplementos não devem substituir a alimentação, somente complementá-la. “Existem produtos com ‘cara de suplemento alimentar’, mas que, na verdade, são medicamentos por possuírem alta dose de determinado nutriente para tratar alguma deficiência nutricional diagnosticada em algumas pessoas”, alerta Joezer Carvalho.

Quando a pessoa consome um suplemento, mesmo em pequenas doses, o nutriente suplementado soma-se ao da sua dieta. “O resultado pode ser uma ingestão muito acima da necessidade do organismo. O excesso interfere na absorção de outros nutrientes importantes e pode causar problemas no organismo ou ter um efeito tóxico”, diz Joezer. 

O profissional afirma que outro risco envolve o consumo de produtos vendidos como suplementos e que apresentam em sua composição nutrientes ou substâncias que não foram avaliados por estudos científicos ou que não têm evidências suficientes que justifiquem seu uso. “Muitas pessoas acabam comprando produtos que não promovem benefícios reais ou cujo efeito é mínimo e irrelevante”, diz Joezer. Ele acrescenta que o nutricionista é o profissional preparado para avaliar em que momento a suplementação será indicada, analisando cada caso. 

No HDT, a equipe de nutrição atua diariamente no cuidado integral aos pacientes, oferecendo orientações personalizadas e incentivando práticas alimentares saudáveis. “A alimentação é parte fundamental do tratamento e da recuperação. Promover o consumo consciente e equilibrado é também promover saúde”, conclui Joezer Carvalho.