O ministros dos Transportes, Paulo Passos, antecipou ontem, quarta-feira 02, à senadora Katia Abreu (PSD), o início das obras do braço da Ferrovia Oeste-Leste no Estado, que vai ligar a Ferrovia Norte Sul , na cidade de Figueirópolis (TO) a Ilhéus (BA). A ferrovia terá 1.500 km e atravessará o Tocantins e a Bahia. O anúncio foi feito em audiência no Ministério dos Transportes, quando a senadora cobrou, também, a duplicação da Belém-Brasília e recebeu do ministro a confirmação de que em 1 º de junho deste ano, o governo federal vai abrir licitação para a contratação de projetos básicos para duplicação da rodovia.
Além do fator econômico, Kátia Abreu realçou a Paulo Passos, a necessidade de duplicação em função do grande índice de acidentes, com vítimas fatais, na BR-153, que requer, segundo disse a senadora ao ministro, uma ação urgente do governo federal para solucionar a questão, de custo social sem precedentes.
Economicamente, a Belém-Brasilia é, hoje, um dos principais modais de transporte para escoamento da produção no País, por praticamente cortar o Brasil no sentido longitudinal. A senadora Kátia Abreu sensibilizou o ministro também para a importância de sua duplicação e integração a outros modais como a Ferrovia Norte Sul e a hidrovia do Tocantins. No caso da hidrovia, a senadora disse ser o meio de transporte mais barato e uma obra que necessita, proporcionalmente, de menor volume de investimentos. Ela defendeu a importância de se melhorar a logística com investimento em hidrovias e portos.
Nesta quinta-feira, 3, Kátia Abreu novamente participou, pela manhã, de reunião no Ministério, junto com o senador Vicentinho Alves (PR), para cobrar as eclusas de Lajeado, Estreito e Pedral de Lourenço (PA), que são fundamentais para a viabilização da hidrovia no Tocantins. No Brasil, apenas 7% da produção é transportada por hidrovias, ficando 33% por ferrovias e 60% pelo eixo rodoviário.
Um dos fortes motivos para a luta pela hidrovia (e sua interligação com rodovia e ferrovia) é o fato de que 52% da produção de soja e milho do país está concentrada acima do Paralelo 15, nas áreas de Mato Grosso, Amazonas, Tocantins, Maranhão e Piauí. E apenas 16% dessa produção são escoados pelos portos da região Norte ou Nordeste, justamente pela falta de meios de transportes eficientes para levá-la ao portos de Outeiro (no PA) ou mesmo Itaqui (MA). O restante é transportado para os portos localizados no Sul e Sudeste brasileiro e exportado a um custo bem mais alto, além de congestionar os portos de Santos e Paranaguá.
A senadora Kátia Abreu ainda fez um convite ao ministro dos Transportes, Paulo Passos, para participar de seminário a ser realizado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil em Pequim (China) no mês de setembro, quando serão apresentadas as vantagens do modal hidrovias e de uma logística eficiente para todo o País. (Ascom Kátia Abreu)