Cerca de 500 policiais civis ocuparam o Palácio Araguaia no final da tarde desta terça-feira, 10, esperando um posicionamento do Governo do Estado para demandas da categoria. Segundo informou ao Conexão Tocantins o presidente do Sindicato dos Policiais Civis, Moisemar Alves Marinho, foi deflagrada na tarde de hoje a “Operação Legalidade” onde será realizado a partir de amanhã, quarta-feira, 10, somente os trabalhos previstos em lei.
“Vamos fazer somente o que está previsto em lei. Estamos aqui no Palácio para receber uma resposta do governo se vai incluir na folha de pagamento ou não as conquistas da categoria. Já marcamos uma Assembleia Geral para o dia 20 com pauta específica que é a deflagração geral da greve da Polícia Civil se não houver resposta até lá”, afirmou o presidente do Sinpol ao Conexão Tocantins.
O presidente falou sobre o déficit do quadro de pessoal na Polícia Civil do Estado. “Nós temos escrivão de Polícia que trabalha a semana toda no expediente, e no final de semana cobre escala de plantão em razão da falta de escrivão. Os plantões que estão de forma irregular em razão da falta de servidores, a partir de amanhã, serão fechados de imediato. Onde estiver delegado de Polícia, escrivão de Polícia, trabalhando com carga horária excessiva, além daquilo que está previsto na lei, nós não vamos fazer (os trabalhos). Só vamos fazer aquilo que está previsto em lei”,disse.
Segundo Moisemar Alves, o montante de policiais só sairá do Palácio Araguaia quando o governador se pronunciar. “Nos só vamos sair daqui com a resposta do governador. Não vamos arredar o pé do Palácio enquanto o governador não se pronunciar”, frisou.
O Sindicato cobra o realinhamento da categoria - revisão de posição dos servidores - conforme lei publicada no Diário Oficial do Estado. Segundo o Sindicato, o governo ficou de fazer um estudo de impacto econômico sobre a possibilidade de pagamento já na folha de janeiro. Atualmente o Estado tem 2 mil policiais civis.
Governo
Já no início da noite, uma comissão designada pelo governador Marcelo Miranda, recebeu representantes de sindicatos e associações. O secretário geral de Governo, Herbert Brito, reforçou que todos foram recebidos democraticamente. “Tudo foi discutido com transparência, clareza e muita franqueza. Ouvimos as preocupações deles em relação às conquistas da categoria e o Governo explicou que apresentará a situação real encontrada, com medidas a serem adotadas em relação à questão de pessoal e de contenção de gastos e responsabilização daqueles que levaram o Estado a essa situação. A população do Tocantins precisa saber as consequências desses atos. Eles compreenderam e vão avaliar as medidas a serem tomadas”, comentou o secretário.
Presente no encontro, a presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do Tocantins (Sindepol), Cinthia Paula de Lima, disse que a reunião foi proveitosa. “Nós pudemos argumentar com o governo. Estamos satisfeitos com o diálogo e estamos abertos”, destacou a presidente.
O presidente do Sinpol, Moisemar Marinho, disse que o diálogo continua “acreditamos que isso vai ser superado. Estamos esperançosos que dentro dessas medidas seja colocada a categoria”, comentou o presidente se referindo às medidas que o governo deve tomar diante dos problemas financeiros em que se encontra o Estado.
Além do secretário de Governo, estavam presentes na reunião, o subsecretário da Segurança Pública, Abzair Paniago, os secretários da Casa Civil, Télio Leão Ayres, de Articulação Política, Paulo Sidnei, da Comunicação Social, Rogério Silva, e o secretário-chefe da Casa Militar, Cel. Raimundo Bonfim. (Atualizada às 21h55)