A Cooperativa dos Apicultores de Palmas (COOAP) em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins), promove nesta quinta-feira, 24, e na sexta-feira, 25, uma capacitação em Meliponicultura, que é a criação de abelhas sem ferrão.
O curso, contemplando a parte teórica e prática, será ministrado na sede do escritório central do Ruraltins, em Palmas, pelo zootecnista do órgão, Odilio Pereira Menezes, a partir das 8 horas.
A oficina contará com a participação de técnicos agrícolas, extensionistas rurais, pessoas interessadas em ingressar na atividade apícola, ou criadores que pretendem aprimorar suas técnicas de manejo e conhecimentos sobre o assunto. No encerramento do encontro, haverá visita a um meliponário da Capital.
Meliponicultura
A meliponicultura (criação racional de abelhas nativas) é pouco difundida no Brasil. No entanto, essas abelhas nativas são de fácil manejo e podem ser criadas em áreas rurais e urbanas, seja visando o lazer, a educação ou uma criação comercial sendo um componente muito importante para o desenvolvimento de sistemas agroecológicos de produção adaptadas ao Tocantins, voltado principalmente para a agricultura familiar.
As abelhas sem ferrão são nativas e recebem esse nome por possuírem o seu ferrão atrofiado. Além de produzirem um delicioso mel (considerado medicinal), essas abelhas desempenham um papel fundamental como polinizadores, garantindo a sobrevivência de plantas nativas e cultivadas. Apesar da sua grande importância ecológica, muitas espécies de abelhas sem ferrão estão sendo dizimadas, seja pelo desmatamento e queimadas ou uso de agrotóxicos.
Produção
De acordo com dados da Federação Tocantinense de Apicultura (Fetoapi), o setor conta com 50 associações e duas cooperativas, com cerca de 1.500 apicultores. A produção de mel está em torno de 230 toneladas por ano.