Tocantins avança mais uma vez em credibilidade no serviço de defesa agropecuária, com a autorização do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para retirada, a partir do dia 1º de setembro, de três barreiras fixas zoofitossanitárias, situadas nos municípios de Novo Alegre, Arraias e Araguaçu, que ficam na divisa com o estado de Goiás. A medida justifica-se pelo fato de o Tocantins possuir o mesmo status sanitário de Goiás, em relação às áreas animal e vegetal, e por estarem no mesmo bloco estratégico para retirada da vacinação contra febre aftosa.
De acordo com o presidente da Adapec, Humberto Camelo, os estados tendo o mesmo patamar sanitário vem chancelar que não há necessidade da existência de tantas barreiras fixas, entre áreas consideradas zonas livres pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). “O Tocantins está seguindo uma tendência nacional. O fruto desse avanço também é a redução de custos e melhorias no atendimento, pois os profissionais serão direcionados aos escritórios que estão precisando de reforço e nas barreiras volantes, conforme acordado em reunião técnica”, afirma o presidente acrescentando que o Estado dá mais um passo rumo à retirada da vacinação contra febre aftosa comprovando que está no caminho certo.
A fundamentação da extinção das barreiras foi feita mediante estudo de relatórios que comprovaram um baixo fluxo na movimentação de animais e no número de fiscalizações nestas barreiras, além do custo-benefício inexpressivo diante dos gastos para manutenção. “Após reuniões com todos os envolvidos chegamos à conclusão que essas barreiras podem ser desativadas sem nenhum prejuízo as ações de fiscalizações sanitárias, que continuarão sendo exercidas pelas três barreiras móveis daquela região”, explica a diretora de Defesa, Inspeção e Sanidade Animal da Adapec, Regina Barbosa.
No comparativo total de fiscalizações realizadas nas barreiras fixas de todo o Estado em 2016, a barreira de Novo Alegre representou 1,54%, Arraias 1,44% e Araguaçu 3,47%, percentuais baixos em comparação com a barreira de Talismã, considerada a principal via de entrada, saída ou passagem de cargas no Estado, que representou 33,90%. O estudo também apontou que os custos mensais, do mesmo ano, para manutenção dessas três barreiras foram de R$ 164.988,28.
Barreiras
O Estado, com a nova medida, passa a contar com 20 barreiras fixas na divisa com os Estados e 14 volantes, responsáveis pela fiscalização de trânsito de animais, produtos e subprodutos de origem animal, e vegetal.