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Economia

 

Com o comércio fechado, obedecendo aos decretos municipais 1.856/2020 e 1.859/2020 e  o decreto estadual 6.072/2020, que dispõe medidas para a prevenção do novo coronavírus (Covid-19), todas as empresas já está sentindo o  impacto da paralisação de seus faturamentos. 

A CDL Palmas realizou uma  pesquisa com as empresas palmenses, a fim de entender qual o verdadeiro quadro das empresas e quais as consequências que a crise econômica vem trazendo aos empreendimentos da Capital. Um dos principais dados da pesquisa aponta que quase a metade das empresas entrevistadas (56,5%) não tem condições financeiras de realizar o pagamento dos funcionários deste mês, enquanto somente 23,7% afirma que conseguirá arcar com a folha de pagamento dos funcionários e 19,9% ainda não sabe. 

Ainda de acordo com o levantamento, 60,2% das empresas pretende demitir funcionários nos próximos dias, sendo que, destes 60,2%, 18,8% deve demitir até 75% do quadro; 17,1% até 50%; 11,6% até 20%; 8,8% até 30% e outros 3,9% deve demitir até 40% do quadro. Cerca de 39,8% não pretende demitir funcionários nos próximos dias. O comércio de Palmas emprega aproximadamente 80 mil pessoas, essa expectativa de demissão pode deixar cerca de 32 mil pessoas desempregadas na Capital. 

O presidente da CDL Palmas, Silvan Portilho, comenta a pesquisa e diz que é preciso ter cautela nas tomadas de decisões. “A turbulência que essa epidemia está causando para nosso País, atinge todos os setores. Na economia, o principal impacto direto será nos salários dos trabalhadores. A pesquisa mostra o que já está acontecendo na nossa cidade e essa grande quantidade de empresas que não vão conseguir arcar com as folhas de pagamento devem trazer ao menos uma reflexão: não sabemos se teremos remédio para curar essa epidemia de falência que está nos atingindo. Neste momento, cabe a CDL orientar as empresas que estão em dificuldade para amenizar os prejuízos ou até mesmo evitar a falência destes empresários  O que queremos mostrar são todas as dificuldades que estamos enfrentamos, cada um no seu grau de responsabilidade, e ninguém está livre desta nova epidemia de falência das empresas. É o setor empresarial que produz emprego, renda e arrecadação de tributos para a manutenção dos municípios, estados e País”, disse. 

A pesquisa também abriu espaço para ouvir a opinião de cada empresário e a sugestão, quase unânime, foi alguma medida para atenuar o impacto dos gastos com tributos, seja a suspensão, parcelamento, adiamento ou isenção. Os empresários também sugerem medidas específicas para pequenos empreendimentos, que, segundo os entrevistados, não estão sendo abrangidos nas ações apresentadas. 

A pesquisa foi realizada de 23/03 a 25/03/2020.