O Monumento Natural das Árvores Fossilizadas do Tocantins (Monaf) recebeu nessa quinta-feira, 1º, a Agência do Desenvolvimento do Turismo, Cultura e Economia Criativa (Adetuc), a Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), o prefeito de Filadélfia, David Bento e demais autoridades com fins de realizar visita técnica para a integração do Monumento à rota de turismo da região.
O Monaf, que é uma Unidade de Conservação (UC) é gerido pelo Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) e abriga a maior floresta de árvores fossilizadas do Brasil. Durante a visita os chefes de estado, autoridades locais e equipes técnicas participaram de uma explanação sobre as atividades que são realizadas no Monumento, bem como conheceram as instalações da sede. As atividades deram sequência no Monumento, onde puderam ver in loco, os fósseis de vegetais, bem como entender o processo de fossilização desde o período Paleozóico da floresta.
O presidente do Naturatins, Renato Jayme ressalta em sua fala que é uma orientação do governador Mauro Carlesse o fortalecimento dos municípios através de seus potenciais turísticos, sempre respeitando a legislação ambiental. “Estamos em uma gestão municipalista e o governador sempre nos recomenda fortalecer o município, o turismo local, a geração de renda com sustentabilidade, respeitando o meio ambiente e cumprindo todo o papel institucional que nós temos. É obrigação nossa como entes públicos a preservação, mas também dar condições para que as vidas das pessoas possam melhorar e também para que as pessoas do Brasil e do mundo possam ter acesso ao nosso Monumento e principalmente desenvolver o turismo da região cada vez mais”, declarou.
O presidente da Adetuc, Jairo Mariano acredita no potencial da região e que por meio das parcerias, ações de preservação e divulgação do Monumento serão efetivadas. “Queremos, por meio dessa parceria entre a Adetuc, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional [IPHAN], Naturatins, Secretaria de Meio Ambiente e Prefeitura de Filadélfia, fazer com que a Floresta Fossilizada seja parte dos roteiros turísticos desta região. Temos um potencial regional a ser impulsionado, que se torna ainda mais valoroso através das ações de incentivo à preservação e divulgação de um dos maiores patrimônios paleontológicos do Brasil, como tem orientado o governador Mauro Carlesse”.
A secretária da Semarh acredita que a inserção do Monaf trará desenvolvimento para região e município, além de demonstrar encantamento com a Unidade de Conservação. “Olha, nem eu imaginava que fosse tão bonito e diferente, você voltar na história tantos anos atrás é muito diferente da gente imaginar e viver é uma situação de 300 mil anos atrás, é uma visitação bastante diferente e muito interessante. É um tipo de turismo que eu tenho a certeza absoluta de que vai ser de qualidade e muito bom para o Estado do Tocantins, vai trazer desenvolvimento para a região e para a cidade principalmente, até por que, além dessas rotas, eles têm outras alternativas e essa será mais uma a se somar nesta rota”, destacou a secretária.
O prefeito do município de Filadélfia David Bento reafirmou durante a sua fala que o desejo é de desenvolver a cidade e afirma que o Monaf pode contribuir e que tem um grande potencial turístico. “Toda visita no Monumento tem que passar por aqui, o povo quer saber da história e o Monaf é a nossa história”.
O gestor do Monaf, Hermisio Alecrim Aires ressalta a importância de estreitar as relações entre os governos municipal e estadual. “O encontro teve como objetivo estreitar as parcerias entre órgãos dos governos municipal e estadual para traçar ações e estratégias na divulgação do Monaf. Potencializar o Monaf na rota do turismo regional é um anseio da UC no sentido de melhorar a relação humana com a natureza, com opção de socializar sua importância histórica e cultural através dos seus atrativos, pois, os fósseis são evidências de vidas pretéritas e revelam a história do planeta”, salientou.
Monaf
A sede do Monaf está situada em Bielândia, distrito de Filadélfia, região norte do Estado, a aproximadamente 438 km da Capital, e abrange uma área de 32.067 hectares de cerrado. Sua Zona de Amortecimento engloba parte do município de Babaçulândia.
O Monaf tem este nome em função da existência de tais sítios paleontológicos e arqueológicos onde são encontrados os fósseis de árvores como pteridófitas, esfenófitas, coníferas e cicadácias. Tais fósseis constituem uma peça-chave do patrimônio científico mundial, tendo enorme importância para estudiosos que investigam florestas, o clima e a ecologia planetária do período Permiano.
Os vegetais fósseis são encontrados em afloramentos que distribuem como “manchas” descontínuas pela área. Estão associados, quando “in situ”, a arenitos e lamitos da Formação Motuca. Todavia, na forma alóctone, frequentemente estão misturados a fragmentos de silexitos da Formação Pedra de Fogo. Isto se dá em áreas altas, que marcam a transição Pedra de Fogo Motuca, ou é verificado em encostas, ravinas e riachos.
O alto índice de samambaias indica que a região central do Tocantins era uma planície costeira com um farto sistema hídrico durante o período Permiano.
Autoridades
Participaram também da visita técnica, a vice-prefeita de Filadélfia Neide Aparecida, o presidente da Câmara Municipal de Filadélfia Joãozinho da Ambulância, os vereadores Daiana Tavares e Paulo Vip, os secretários municipais de Meio Ambiente Sávio Gomes e o de Governo Dalcivan, a superintendente do Iphan Cejane Pacini Leal Muniz e a professora doutora e pesquisadora da Universidade Federal do Norte do Tocantins, Tatiane Marinho Vieira Tavares.