O Canal Brasil exibe o inédito “Tia Virgínia” na próxima quinta-feira, dia 18, às 22h30. Dirigido por Fabio Meira, o filme conta a história de Virgínia, 70 anos, que nunca se casou ou teve filhos e foi convencida pelas irmãs, Vanda (Arlete Salles) e Valquíria (Louise Cardoso), a deixar a vida que tinha para cuidar dos pais.
Premiado com cinco Kikitos no último Festival de Cinema de Gramado (incluindo o de Melhor Atriz para Vera Holtz), o longa-metragem foi indicado ao próximo Prêmio Grande Otelo em sete categorias: Melhor Atriz de Longa-Metragem, Melhor Atriz Coadjuvante de Longa-Metragem, Melhor Ator Coadjuvante de Longa-Metragem, Melhor Roteiro Original, Melhor Direção de Arte, Melhor Maquiagem e Melhor Montagem. A premiação será transmitida ao vivo pelo Canal Brasil no dia 28 de agosto.
A história se passa nas vésperas do Natal. Virgínia (Vera Holtz) está cuidando de sua mãe, 99 anos, que está em estado terminal em casa e recebe suas irmãs para as festas de fim de ano. Ao longo do dia, ocorrem conflitos verbais e físicos entre elas. O filme joga luz sobre os padrões sociais relacionados ao casamento e à maternidade e sobre as pessoas que dedicam integralmente suas vidas aos cuidados dos pais.
“Ficamos muitos orgulhosos com as sete indicações [no Prêmio Grande Otelo], sobretudo por ser um filme de orçamento modesto recebendo esse reconhecimento ao lado de grandes produções nacionais. Acredito ser a prova da criatividade e do talento da nossa equipe e elenco. ‘Tia Virgínia’ tem chegado nos corações e isso é recompensador”, conta o diretor e roteirista Fabio Meira. Sobre a expectativa para a estreia do filme no Canal Brasil, Fabio diz que é uma grande oportunidade de levar a história para mais pessoas: “‘Tia Virgínia’ é um filme que fala muito do país, através de uma estrutura familiar que reconhecemos muito em nossa sociedade. Mal posso esperar para chegarmos nesse novo público”.
Vera Holtz reforça que “Tia Virgínia” traz um sentido de humanidade no cuidado com os idosos e que está feliz em ver o filme agora chegando na televisão e na casa de mais brasileiros. “O filme trata de uma questão que é pouco valorizada no Brasil, porque ele é um país desatento com aqueles que nos cuidaram a vida toda. Nesse âmbito, é fundamental sua chegada à casa das pessoas, alcançando um maior público, valorizando este afeto tão necessário. Nos levando a olhar de um modo especial para aquelas pessoas que são tão essenciais”, pontua.
Vera Holtz foi indicada como Melhor Atriz de Longa-Metragem no Prêmio Grande Otelo, a premiação mais importante do audiovisual brasileiro. “Este prêmio traz junto uma série de signos, a começar pelo nome de um artista que é a imagem de um Brasil diversificado, uma das maiores referências de todos os tempos para a arte de interpretar. Torna-se mais relevante ainda, porque é um conjunto de artistas que soube compor com tanto carinho e competência esta obra. Fica nítido, nas telas dos cinemas, e agora na televisão, a entrega que cada um dos membros desta equipe teve, para construir um filme vigoroso e ao mesmo tempo tão delicado, onde as pessoas vão reconhecendo o seu ambiente familiar de um modo extremamente sutil. Todos nós conhecemos - ou mesmo - somos um pouco Tia Virgínia. Ela está presente nos lares brasileiros para nos lembrar do afeto, mas, também, do desejo que permanece vivo, mesmo quando a idade teima em não estar de acordo”, conta Vera.
“Tia Virgínia” ganhou seis prêmios no Festival de Gramado de 2023 nas categorias de Melhor Filme pelo Júri da Crítica; Melhor Atriz para Vera Holtz; Melhor Roteiro para Fabio Meira; Menção Honrosa do Júri para a atriz Vera Valdez; Melhor Direção de Arte para Ana Mara Abreu; e Melhor Desenho de Som para Ruben Valdés. A produção também recebeu quatro indicações ao Los Angeles Brazilian Film Festival 2023, levando os prêmios de Melhor Atriz para Vera Holtz; Melhor Atriz Coadjuvante para Louise Cardoso; e Melhor Direção de Arte para Ana Mara Abreu. (Palavra Comunicação)