Conexão Tocantins - O Brasil que se encontra aqui é visto pelo mundo
Cotidiano

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

Protocolos industriais de segurança são atualizados a todo instante para incluir inovações tecnológicas que possam reduzir o risco de acidentes. No contexto da construção civil, novos materiais vêm sendo testados para evitar acidentes, especialmente na fiação elétrica. Afinal, fios e cabos mal protegidos podem iniciar (ou piorar) um incêndio.

Felizmente, pesquisadores e cientistas seguem trabalhando para tornar o setor de construção civil mais seguro. As soluções de maquinário para cabos e fios estão cada vez melhores, como os isolamentos HFFR. Entenda porque esta opção está a se tornar cada vez mais comum nos canteiros de obra.

Construindo um futuro mais seguro

A sigla HFFR vem do inglês “halogen-free and flame retardant”, ou “sem halogênio e retardantes de fogo”. Não faz muito tempo, boa parte do cabeamento na construção civil era revestido com PVC; um componente inflamável e que, pior ainda, libera gases tóxicos quando entra em chamas.

Naturalmente, os revestimentos HFFR não são imunes ao fogo, mas são bem mais resistentes. Quando em combustão, liberam uma fumaça clara e não-tóxica, facilitando a evacuação das pessoas de dentro de um prédio em chamas. Por este motivo, são utilizados em lugares onde há grande circulação de pessoas, como estações de metro e shoppings.

Não é à toa que diversos países vem atualizando suas normas de segurança para eliminar componentes halogênios na construção civil. Por serem muito mais seguros, atendem facilmente até mesmo as mais exigentes normas de segurança.

Estes revestimentos são essenciais para garantir o funcionamento de luzes de emergência em caso de incêndio (BS 5266-1). Nestes casos, eles garantem também o funcionamento de alarmes e detectores de incêndio (BS 5839-1) e também de sistemas de combate ao fogo (BS 8519:2010).

Composição

Revestimentos HFFR são feitos de TPU e outros polímeros termoplásticos, como etileno vinil acetato e elastômero de poliolefina. Estes polímeros são misturados com componentes inorgânicos resistentes à chamas, antioxidantes e lubrificantes, reforçando ainda mais sua segurança.

Para retardar o fogo, estes revestimentos usam materiais como hidróxidos de magnésio e de alumínio. Estes cabos também são preenchidos de 55% a 65% com alumina trihidratada e sulfato de magnésio monohidratado. A manufatura de revestimentos HFFR envolve um complexo processo de extrusão que requer maquinário avançado para garantir a proporção correta de cada componente.

Trata-se de um grande avanço em relação às soluções tradicionais como PVC, que liberam gases halogênios altamente tóxicos, como cloro. Já os polímeros termoplásticos emitem pouquíssima fumaça e são retirados de fontes renováveis. Sendo assim, são também mais ecologicamente sustentáveis.

Tecnologia que salva

Negligenciar o fator segurança na construção civil pode ter efeitos devastadores e irreversíveis. No Brasil, a maior parte dos incêndios em prédios são causados por falhas elétricas e alto índice de componentes inflamáveis.

O incêndio do Museu Nacional é um dos casos recentes mais trágicos, onde um acervo de valor inestimável foi perdido por conta de um curto circuito. Cabos HFFR possuem resistência térmica de até 250º C, o que poderia ter evitado este terrível incidente.