O Sindicato dos Farmacêuticos do Estado do Tocantins (SINDIFATO) manifestou repúdio ao recente aumento nas contribuições ao plano de saúde dos servidores públicos estaduais – o Servir (que substituiu o PlanSaúde), promovido pelo Governo do Estado por meio do Decreto nº 6.948, de 22 de abril de 2025, publicado no Diário Oficial nº 6.801 da mesma data.
O Sindifato destaca que o reajuste, que entrou em vigor imediatamente, impacta diretamente os valores pagos pelos dependentes indiretos (aqueles com mais de 18 anos) e, em alguns casos, representa aumentos superiores a 200%. Os novos valores variam entre R$ 210,81 (0 a 18 anos) e R$ 671,79 (acima de 59 anos), cobrados de forma individual, conforme a faixa etária.
Para o presidente do Sindifato, Renato Soares Pires Melo, a medida agrava ainda mais a situação dos servidores públicos que já enfrentam defasagem salarial, passivos acumulados e ausência de reajustes reais. “O aumento no Servir vem em um momento péssimo para os servidores. E o que é mais grave: foi decidido sem qualquer diálogo ou aviso prévio às representações sindicais. Isso demonstra que o diálogo está longe de ser uma bandeira desta gestão. Qualquer medida que impacte diretamente a vida do servidor precisa ser discutida com suas entidades representativas. Infelizmente, esse respeito ao servidor não é uma prática no Tocantins há muitos anos", disse.
O Sindifato reitera que é contra qualquer medida que onere ou prejudique os trabalhadores. "Especialmente quando adotada de forma autoritária e sem transparência. O sindicato defende que alterações em políticas públicas que afetam milhares de famílias devem ser precedidas de amplo debate com as categorias envolvidas, respeitando o princípio da gestão democrática e participativa", acrescenta o presidente Renato Soares.
Além do impacto financeiro imediato, o Sindicato destaca que o plano já vinha sofrendo restrições na oferta de serviços e coberturas. "O que agrava ainda mais a insatisfação dos servidores que contribuem mensalmente para o sistema".
O Sindifato reafirma seu compromisso com os farmacêuticos tocantinenses e garante que seguirá atuando firmemente "contra práticas que representem retrocessos nos direitos dos trabalhadores do serviço público estadual".