O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, defendeu o fortalecimento da infraestrutura portuária, aeroportuária e de hidrovias como fundamental para o desenvolvimento e maior eficiência da logística no Brasil e para o escoamento da produção e exportações brasileiras. Costa Filho participou nessa quarta-feira (9) do evento Logística no Brasil, promovido pelo jornal Valor Econômico.
“A gente tem discutido a necessidade de uma agenda logística para o País, que dialogue com investimentos em portos, aeroportos, rodovias, ferrovias e hidrovias. “À medida que o agronegócio cresce, a indústria cresce e o setor de serviços cresce, a gente precisa cada vez mais estruturar a agenda logística do país”, defendeu o ministro durante o painel Oportunidades de negócios e investimentos no Brasil.
O ministro ressaltou o fato de que o Governo Federal tem desenvolvido vários projetos para melhorar a infraestrutura e facilitar esse escoamento, investindo em modernização dos portos e aeroportos. “2024 foi o melhor ano de concessões da história do País. Isso mostra que o governo do presidente Lula está priorizando a agenda logística do Brasil”, afirmou Costa Filho.
A meta do Governo Federal é realizar 60 leilões, de 2023 a 2026, e contratar cerca de R$ 30 bilhões em investimentos nos portos brasileiros. Desde 2023, já foram realizados 22 leilões, com investimentos de R bilhões. Para este ano estão programados leilões importantes, como o do canal de acesso ao Porto de Paranaguá e o canal de acesso ao Porto de Santos. Também estão previstos os leilões de terminais portuários, do Túnel Santos-Guarujá e do terminal de contêineres do Porto de Santos (Tecon Santos 10).
O ministro citou ainda que o governo está avançando na concessão de créditos a investidores. “A gente está avançando na agenda do crédito, tanto é que nós tivemos o maior volume de operações de crédito dos bancos no ano de 2024, tivemos o maior volume de concessões em rodovias, importes, em outras áreas estratégicas, como também a gente está tendo o maior volume de investimentos públicos e privados dessa última década”, afirmou.
O Fundo da Marinha Mercante (FMM), segundo o ministro, é um exemplo disso. Desde 2023, já foram priorizados quase R$ 70 bilhões com recursos do FMM, valor três vezes maior do que o aprovado entre 2019 e 2022. São projetos portuários e para embarcações. Na semana passada, o conselho diretor do fundo aprovou R$ 1,1 bilhão para futuro concessionário do Porto de Paranaguá e 17 projetos, no total de R$ 5,3 bilhões, em recursos para a construção, reparo e modernização de 70 embarcações.
O ministro citou ainda a linha de crédito criada dentro do Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac) para as companhias aéreas, que vai disponibilizar R$ 4 bilhões para projetos de compra, manutenção e reforma de aeronaves. (Mpor/FsbComu)